Tecnologia eleva felicidade
Há cada vez mais pessoas preocupadas com segurança, alta do custo de vida, instabilidade política e incertezas em relação ao futuro. Muitos buscam, principalmente na internet, soluções para uma melhor qualidade de vida e alternativas inteligentes e econômicas de bem-estar, sustentáveis e de baixo custo.
As despesas diretamente ligadas à moradia, para qualquer classe social no Brasil, sempre representaram uma boa fatia no orçamento doméstico. Nos últimos anos esta situação provocou crescimento de condomínios, fechados e com ofertas de equipamentos e serviços cada vez mais completos, apontando para o isolamento das pessoas em “ilhas de bem-estar”. Isto acontece em países onde as cidades, via de regra, não oferecem opções viáveis de bem-estar, convivência e de segurança pública.
Preocupados com esta situação, arquitetos e urbanistas têm procurado projetar moradias e cidades inteligentes, saudáveis e sustentáveis, as Smart Cities. As ideias e os projetos para estas moradias/cidades são baseados nos 17 objetivos da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, mas continuam no papel e nos debates, com raras iniciativas concretas e viáveis, como é o caso do primeiro Smart Campus do Brasil, situado em Sorocaba, a 100 km da capital paulista.
Como então superar esta morosidade? Pensando globalmente e agindo localmente. A iniciativa deve começar já, com cada cidadão dando sua contribuição. Nesta linha, soluções aparentemente simples, adotadas em condomínios, muitas por iniciativa de um dos seus moradores, apresentam resultados relevantes, como a redução da taxa de condomínio e das contas de luz e água, melhorando a segurança dos moradores e, principalmente, tornando-os mais felizes.
Uma boa pratica é instalar coletores fotovoltaicos, que produzem eletricidade a partir do sol, “energia limpa” que pode ser utilizada em elevadores, bombas e iluminação interna e externa. Além da redução direta de mais de 50% do valor destas contas, é possível repassar às concessionárias o excedente da energia gerada.
A automação residencial é uma solução eficiente e viável, garantindo redução de pessoal e de contas de eletricidade. A adoção de “portarias digitais” permite corte de custos de 50% com pessoal. O sistema inclui instalação de câmeras, computador, nobreak para o caso de falta de eletricidade, vídeo fone, automatização para abertura de portas e portões, além de cerca elétrica, ou seja, tecnologia.
A amortização da implantação do sistema ocorre em média entre um ano e meio a dois anos. Empresas especializadas em segurança e gestão de condomínios podem efetuar estudos técnicos para a tomada desta decisão pelo condomínio, pois nem todos os casos são iguais.
Controle automatizado das redes de iluminação das áreas comuns internas e externas também são um exemplo de “sustentabilidade na pratica”. As luminárias internas são acionadas por sensores de presença. Esqueça a máxima “quem sair por último apague a luz”. Hoje, a tecnologia se encarrega disso por você. Mas, muito além das vantagens econômicas e práticas, o principal são os avanços no bem-estar dos moradores. É bom ficar antenado nestas mudanças, pois já se discute hoje a adotação do FIB “Felicidade Interna Bruta”, em substituição ao PIB (dado puramente econômico), como indicador principal de qualidade de vida e desenvolvimento dos países.