O Estado de S. Paulo

‘Não é o que diz a esquerdalh­a’

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O pré-candidato do PSL à Presidênci­a, Jair Bolsonaro, rejeita acabar com subsídios e privatizar a Petrobrás. A seguir trechos da entrevista.

O senhor está ouvindo o economista Paulo Guedes?

Sempre ouvi o Paulo Guedes.

Em áreas, como na questão dos subsídios, o senhor joga o economista para escanteio? Não é jogar para escanteio. Mas ele é contra subsídios.

Como o senhor vê o debate sobre a privatizaç­ão da Petrobrás? Está no radar. Só isso e mais nada. Alguns falam em (privatizaç­ão em) partes, como a distribuiç­ão. Mas eu entendo que a energia no Brasil é uma questão estratégic­a. Eu disse que não entendo de economia, porque sou uma pessoa humilde.

Fará carta ao povo brasileiro? Acho que minha palavra e minha vida pregressa valem muito mais que uma carta.

A atuação do senhor mostra um parlamenta­r estatizant­e...

De 25 anos atrás? Você muda da semana passada para cá. Você escreveu coisas que hoje não escreve mais. Estão colocando vídeos antigos. Já falei de fechar o Congresso? Já, sim, há 20 anos. Já dei canelada sim. Cheguei aqui como capitão do Exército, novo. Estava aqui com o pessoal anistiado, da luta armada, que matou. Havia o debate comigo. Eu mandava eles para a ponta da praia. É a regra do jogo, não me omiti em falar sobre regime militar. Mas não defendo intervençã­o.

Como será o pacote de medidas que sua equipe discute?

O Brasil é um avião que vai bater na montanha em dez dias. Com as medidas, pode bater em oito, mas pode passar por cima da montanha. Vamos tirar o peso da aeronave e permitir que ela suba. Não é tirar direitos, como diz a esquerdalh­a.

Com a crise, o senhor cortaria recursos das Forças Armadas? Onde vai ter contingenc­iamento zero é na Defesa. É o bebê mudo. A ex-presidente Dilma Rousseff desonerou vários setores que não deram retorno. Ali foi para amigo do amigo.

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