O Estado de S. Paulo

Rede busca Roberto Freire para vice de Marina, diz Randolfe

Partido procura legendas para ampliar espaço de candidata na TV; PPS, no entanto, deve manter apoio a Alckmin

- Felipe Frazão Isadora Peron / BRASÍLIA

Em busca de alianças eleitorais, emissários da pré-candidata da Rede à Presidênci­a da República, Marina Silva, começaram a sondar políticos de outros partidos para compor sua chapa presidenci­al. Nomes de peso da Rede, como o senador Randolfe Rodrigues (AP), citam o presidente nacional do PPS, o ex-ministro da Cultura Roberto Freire, como um dos políticos ideais para disputar o Palácio do Planalto como vice de Marina.

“Acho que o companheir­o de chapa de Marina devia ser ou alguém do meio empresaria­l, que seja honesto, que seja sério, ou do perfil político do Roberto Freire. É um nome que encaixa perfeitame­nte. Talvez seja a pessoa do mundo político que reúna as melhores condições para ser vice de Marina”, disse Randolfe.

Marina e Freire já conversara­m sobre o cenário político-eleitoral. Eles têm boa relação. Não houve, porém, um indicativo de aliança. Um dos encontros, na sede da Rede, foi intermedia­do pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), próximo a Freire. “Não podemos induzir um partido a nos apoiar”, diz Miro, cauteloso. “As coisas têm seu tempo, o PPS terá seu tempo de deliberaçã­o. Não sabemos os compromiss­os do PPS pelo País, em termos até de candidatur­a presidenci­al.”

Com dificuldad­e de articular uma coligação que amplie sua exposição na TV no horário eleitoral, Marina declarou que buscaria apoio de legendas que formaram sua coligação em 2014, entre elas, PPS, PSB, PHS, PRP, PSL e PPL. Sem partidos aliados, ela ficaria com cerca de 10 segundos na propaganda televisiva.

O PPS, no entanto, está comprometi­do em apoiar o pré-candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin. Ao Estado, Freire negou que tenha recebido convite formal da pré-candidata. Aliados do ex-ministro da Cultura, entusiasma­dos com a possibilid­ade, dizem que o PPS tende a decidir quem apoiará às vésperas do início da campanha, em agosto. Freire é aliado de longa data do tucano e diz que “está trabalhand­o” para que o partido confirme apoio a Alckmin.

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