TSE quer pacto contra fake news com Google
OTSE quer firmar um pacto com empresas de tecnologia contra a proliferação de fake news. A iniciativa é similar a um acordo de colaboração acertado entre a Corte Eleitoral e dez partidos políticos para a “manutenção de um ambiente eleitoral imune de disseminação de notícias falsas”. No entanto, a decisão do ministro Sérgio Banhos, do TSE, de determinar a remoção de fake news contra Marina Silva acendeu a “luz amarela” em parte do setor que prefere aguardar uma resolução sobre o tema antes de decidir se topa um pacto com o tribunal.
» Alerta. Uma preocupação de quem acompanha as conversas é que as firmas sejam usadas como instrumento para pavimentar um caminho intervencionista.
» Com a palavra. Procurado pela reportagem, o TSE informou que o termo vai ser assinado com Facebook e Google, que já atuam em parceria com a Justiça Eleitoral. A Corte aguarda resposta de outras plataformas.
» Indigestão. Estava tudo caminhando bem, mas a última polêmica do presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez com que caciques do DEM passassem o dia ontem reavaliando a ideia de apoiá-lo. A cúpula do partido já fala em abrir conversas com o candidato do Podemos, Alvaro Dias.
» Fermento. A avaliação de líderes do Centro é de que Alvaro Dias tem chance de crescer entre o eleitorado caso os cinco partidos do Centro se unam em torno dele. Isso porque as legendas aumentariam o tempo de exposição dele na TV.
» No estômago. Em entrevista, ontem, Ciro comparou o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM) a um “capitãozinho do mato”. Apesar disso, o presidente do DEM, ACM Neto, não desmarcou jantar com Ciro hoje, em Brasília.
» Pedra no caminho. Uma ala do PPS se animou com a ideia de Roberto Freire ser vice de Marina Silva. Só torcem o nariz para Bazileu Margarido, braço direito da presidenciável. O diálogo com ele é considerado difícil.
» Eleito. O ex-presidente da Petrobrás Sergio Gabrielli vai coordenar o conselho do PT a ser criado para discutir e buscar alianças para a disputa presidencial.
» Esperança. Dentro do Supremo, as chances de a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ser absolvida hoje no STF são consideradas maiores do que as do deputado Nelson Meurer, condenado mês passado.
» Um e outro. No caso de Gleisi, existe a avaliação de ministros de que as provas contra ela se resumem a acusação de delator, enquanto que contra Meurer eram várias outras evidências.
» E mais... Gleisi é acusada de receber caixa dois para campanha e o caso, dizem, deveria migrar para o TSE. » Eu já sabia. O governo já esperava ação no Supremo ao decidir por tabelar o frete aos caminhoneiros. Apesar disso, considerou o relatório do Cade, revelado pelo
Estado, duro demais contra a medida.
» Abalou. Ministros e deputados que têm visitado o presidente Michel Temer no Planalto o descrevem como “bem abatido” e “triste” com o avanço das investigações contra ele.
» Na agenda. O projeto que moderniza a lei de licitações será votado hoje na Câmara dos Deputados.
COM NAIRA TRINDADE. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA