O Estado de S. Paulo

Clima ruim na Alemanha. E Argentina muda

- Glauco de Pierri Gonçalo Junior

A derrota para o México por 1 a 0 na estreia da Copa colocou a Alemanha em crise. Ontem, a imprensa do país campeão do mundo bombardeou a seleção com uma enxurrada de críticas. O revide veio rápido – a seleção sensação de 2014 fechou o treinament­o e cancelou todas as atividades com os jornalista­s.

Ainda no estádio Luzhniki, em Moscou, logo após a vitória mexicana, os repórteres alemães até pouparam o técnico Joachim Löw das broncas, mas o elenco, não. As maiores críticas foram em cima do experiente zagueiro Hummels, que levou um drible seco de Lozano no gol.

Problemas de relacionam­ento também têm sido noticiados com frequência, muito diferente do clima amistoso entre os atletas na Copa no Brasil. Domingo, depois da partida, nas entrevista­s obrigatóri­as da Fifa, Hummels tentou se defender, mas criticou o esquema tático do time e piorou o ambiente. “Quando oito vão para o ataque fica complicado lá atrás”, esbravejou. “Mas eu já falei várias vezes internamen­te sobre isso.”

Mudanças. A Argentina tomou duas providênci­as para se recuperar da amarga estreia com empate diante da Islândia. A primeira foi a recuperaçã­o emocional. Por isso, a comissão técnica promoveu uma festa de Dia dos Pais com os familiares dos jogadores. Após o treino de domingo, foram montados brinquedos infantis, como pula-pula e uma mesa de pingue-pongue. A alegria dos filhos dos atletas foi acompanhad­a por um tradiciona­l churrasco argentino.

A segunda mudança é a escalação. Medalhões como Rojo, Biglia e até Di María podem perder vaga. Pavón, atacante de 22 anos, destaque do Boca, é o atleta mais pedido pelos torcedores. Na defesa, Sálvio deve sair.

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