O Estado de S. Paulo

O VAR está ajudando a arbitragem no Mundial?

- Cleber Wellington Abade Guilherme Ceretta de Lima

Sim

Acho ótimo o VAR. Toda a tecno- logia que for usada para o resultado bola, que Na tem Copa, dado também resultado. ser estão o mais É usando natural correto o que, chip é bemvinda. por na ser ria ser algo como novo, no ajustes vôlei, onde precisem as equipes ser feitos. podem Pode- solicitar o VAR uma vez por tempo. Isso, talvez, pu- desse mudar o resultado do jogo do Brasil, já que o lance da suposta falta em cima do zagueiro Mi- randa no lance do gol da Suíça foi motivo de mui- ta reclamação, pois o árbitro sequer usou a ajuda.

No jogo da França, a tecnologia salvou a pele do árbitro. Caso não existisse o VAR, o placar poderia ter sido 1 a 0 para a Austrália, com uma enorme injustiça, já que a França teria um pênal- ti não marcado e uma bola que entrou e o juiz po- deria não ter visto. No fim, o 2 a 1 para os france- ses foi justo.

Um problema que temos hoje é que o árbitro tem uma fração de segundos para decidir o lance enquanto a televisão passa o replay em câmera lenta em toda jogada, você pode ver pênalti ou al- guma infração. Tendo ajuda externa, os erros ten- dem a diminuir e os resultados serão mais justos. EX-ÁRBITRO DA CBF E DA FEDERAÇÃO PAULISTA

Não

O árbitro de vídeo não pode ser usado pela metade. Ele precisa resolver os problemas ou é melhor nem tê-lo. Se existir situação em que seja clara a necessidad­e da interferên­cia do VAR e ele não for utilizado, melhor nem existir a ferramenta. Do jeito que está sendo usado, acaba não sendo justo em todos os jogos. É como se tivesse uma partida com o VAR e outra sem o VAR. Isso faz com que o princípio de igualdade para todas as equipes seja deixado de lado, o que é um risco grande, principalm­ente em um torneio de “tiro curto”. Na fase de grupos, já é necessário ser o mais justo possível. Quando começar o mata-mata, ele precisa ter uma eficiência ainda maior quanto à utilização, principalm­ente em lances que não cabem interpreta­ção e em que é evidente a necessidad­e da ajuda externa para corrigir um erro grave que esteja sendo cometido. No jogo do Brasil, por exemplo, o correto seria a utilização do VAR para não ter dúvida alguma sobre o que foi marcado. Já houve jogos em que o árbitro de vídeo interferiu no resultado, como aconteceu na partida da França, e poderia ter ocorrido com a seleção brasileira. EX-ÁRBITRO DA CBF E DA FEDERAÇÃO PAULISTA

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