Dólar vai a R$ 3,74, mesmo após intervenção
A moeda americana registrou uma nova alta ontem, desta vez de 0,25%, e terminou o dia cotada em R$ 3,74, mesmo com o Banco Central injetando mais US$ 1 bilhão no mercado para tentar conter a alta do dólar. Depois de fazer intervenções recordes na semana passada, o BC prometeu colocar mais US$ 10 bilhões no câmbio nesta semana para segurar a moeda, que tem se valorizado principalmente por conta do cenário externo – com alta dos juros nos EUA e intensificação da guerra comercial entre EUA e China.
Agora, as expectativas do mercado estão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje, e tem a maioria dos economistas prevendo manutenção dos juros.
O dia, porém, foi de volume menor de negócios. Para o diretor da mesa de clientes do banco Standard Chartered, Rafael Biral, a expectativa pela reunião do Copom contribui para reduzir o ritmo de negócios. Apesar da avaliação de que a Selic será mantida na reunião, o interesse é ver como virá o comunicado final da reunião. Um dos principais fatores que contribuíram para atrair capital externo no Brasil nos últimos anos foi o juro alto, que agora está em mínimas históricas, reduzindo o diferencial das taxas entre a economia brasileira e outros mercados e a atratividade das aplicações aqui.
Ontem, o Índice Bovespa teve sua quarta queda consecutiva, ficando abaixo dos 70 mil e voltando a atingir sua menor pontuação em quase dez meses. O indicador terminou o dia com queda de 1,33%, aos 69.814 pontos, o mais baixo desde 20 de agosto do ano passado. A desvalorização foi mais uma vez embalada pela aversão ao risco no mercado externo e a falta de perspectivas no front doméstico, em meio à constante saída de recursos externos da Bolsa. /