‘Boi Neon’ expõe mudanças nos papéis sociais
Boi Neon BRASIL,2015.) DIR. DE GABRIEL MASCARO, COM LUCIANO CAZARRÉ, MAEVE JINKINGS,.
Um dos grandes filmes brasileiros recentes, Boi Neon compartilha com Arábia e Corpo Elétrico o olhar sobre a classe trabalhadora, num momento em que questões como desemprego e a reforma da Previdência afligem as populações de menor renda. Mas o longa do pernambucano Mascaro ainda acrescenta especificidades a esse olhar. A questão do gênero. Juliano Cazarré, que trabalha no universo masculino das vaquejadas, sonha ser estilista e cria roupas para mulheres. Maeve Jinkings puxa caminhão, trabalhando como motorista de máquinas pesadas. Nem ele é gay nem ela é lésbica, o que poderia ser até preconceituoso, mas talvez facilitasse, no imaginário do público, essa troca de funções. O que houve foi que o mundo mudou e, com riqueza plástica e dramatúrgica, por meio de personagens bem construídos, o filme dá conta dessas mudanças. Prepare-se para as cenas intensas de sexo.
C. BRASIL, 0H152. REPR., COLORIDO, 101 MIN.
VEJA TAMBÉM Jules e Jim – Uma Mulher para Dois JULES ET JIM. (FRANÇA, 1961.) DIR. DE FRANÇOIS TRUFFAUT, COM JEAN MOREAU, OSKAR WERNER, HENRI SERRE.
Jeanne Moreau, num de seus grandes papéis, é a terna e cruel Catherine, que tenta viver ligação a três com dois homens. O amor, segundo Truffaut.
TEL.CULT, 15H25. REPRISE, P&B, 107 MIN.
O Filho de Saul SAUL FIA. (HUNGRIA, 1986.) DIR. DE LASZLO NEMES, COM GÉZA ROHRIG, LEVENTE MÓLNAR, SANDOR ZSÓTER.
Judeu que trabalha no crematório de Auschwitz tenta garantir enterro ritual ao filho. O Holocausto como nunca se viu no cinema. Oscar de melhor filme estrangeiro.
TEL. CULT, 20H. REPR., COLORIDO, 117 MIN.