MUNDO DE PECINHAS
Teoricamente, são as crianças de 2 a 12 anos o público da Legoland. Inclusive, as atividades terminam cedo, às 17 horas. Mas você, que já passou um tanto dessa faixa etária, não precisa ficar constrangido se, por acaso, seus níveis de adrenalina subirem em brinquedos aparentemente inofensivos (sim, isso é uma confissão).
Pode ocorrer no Mia’s Riding Adventure, uma mistura de barco viking com carrossel, em que os tons de rosa e o fato de você se sentar em simpáticos cavalinhos não deixam muita brecha para gritos desesperados. Mas não se engane: aquele disco que gira, e que sobe, e que desce, a princípio de forma suave, vai ficar mais rápido. E aí você terá de provar o quão adulto é. Eu não passei no teste.
Mundos paralelos. O mesmo acontece com a mais recente novidade do parque, The Great Lego Race, uma montanha-russa que, desde o final de março, ganhou o reforço bem interessante e divertido de uma experiência de realidade virtual. Ao sentar no carrinho e colocar os óculos, você se vê dentro de uma corrida de carros... de Lego, claro. Enquanto espera a partida, olha para um lado e para o outro, e a plateia vibra, como se você fosse uma estrela das pistas.
A corrida começa: curvas; ultrapassagens; desvios; batidas; objetos, como pneus, vindo em sua direção. Tem início uma leve subida, mas, veja só, a pista não foi finalizada. E seu carro despenca penhasco abaixo. Nessa hora, é difícil dizer o que é melhor: estar sem os óculos, vendo o carrinho da montanha-russa descer nos trilhos, ou com eles, presenciando, em detalhes, uma queda no abismo. Na dúvida, feche os olhos por dentro dos óculos (é sério; funciona). Ao sair de lá, a questão que mais instiga é como as crianças podem deixar o brinquedo tão tranquilas e sorridentes.
Outra atração mais recente – quem foi ao parque antes de janeiro de 2017 não viu – é Lego Ninjago The Ride, em que os visitantes embarcam em um carrinho com até quatro pessoas para um percurso no escuro. Com óculos 3D e efeitos especiais como calor e neblina, a ideia do jogo é que os participantes ataquem os vilões com bolas de fogo e raios, que são disparados a partir de movimentos “ninjas” feitos com as mãos. Dica: quanto mais ágeis e sequenciados forem seus disparos, maior será sua pontuação final. Sei disso porque ganhei com folga de todos. Até pensei em chegar para alguém com menos de 12 anos e dizer “quem está rindo agora?”, mas achei que poderia soar infantil.
Aberto desde 2011, em Winter Haven, o Legoland Florida Resort ocupa uma área de 600 mil metros quadrados, com cerca de 50 atrações. Para relaxar entre uma brincadeira mais radical e outra, reserve um tempo para ver com calma as incríveis miniaturas de cidades feitas com pecinhas de Lego, na Miniland USA. Em poucos metros, é possível visitar Las Vegas, Nova York, Hollywood e São Francisco. Tem até uma área dedicada ao universo da saga
Star Wars, com direito a réplica da nave Falcon – umas das novidades de 2018 no parque.
Outra opção mais tranquila é passear pelos Cypress Gardens, área verde mantida do antigo parque homônimo que funcionou, durante décadas, onde hoje está a Legoland. Mais uma atração cheia de história: o The Grand Carousel é um carrossel que foi herdado do mesmo Cypress Gardens, fundado nos anos 1930. A estrutura básica do brinquedo foi preservada, e a ela foram incorporados elementos do universo Lego.
O ingresso sai por US$ 93,99. Para dias quentes, vale comprar o ingresso que dá direito ao parque aquático Legoland Water Park por US$ 116,49. Há descontos para crianças e para compra antecipada pelo site: legoland.com/florida.