O Estado de S. Paulo

Rosa Weber afirma que ‘divisões’ marcam País

Ministra é eleita para presidir TSE a partir de agosto; em plenário, ela diz que vai tomar posse ‘em meio à disputa acirrada’ em ano eleitoral

- Breno Pires Rafael Moraes Moura / BRASÍLIA

Eleita ontem como próxima presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber destacou, após a votação realizada entre os ministros do tribunal, que assumirá o posto em um momento em que o País se encontra dividido. A ministra presidirá o tribunal nas eleições em outubro.

“Eu sei da enorme responsabi­lidade que me aguarda neste ano em que o País se encontra em meio a uma disputa tão acirrada, em meio a tantas divisões”, disse Rosa Weber, que assumirá a presidênci­a do TSE em 14 de agosto e seguirá no posto até 25 de maio de 2020, quando deixará o tribunal.

A chegada da ministra à presidênci­a se dará no exato momento em que a Corte Eleitoral começará a analisar os registros de candidatur­as presidenci­ais. A equipe de Rosa, atual vice-presidente, já está tratando com a equipe do presidente Luiz Fux sobre a transição há meses.

Eleito, por sua vez, como vice-presidente no próximo exercício, o ministro Luís Roberto Barroso foi saudado por Rosa Weber. “Eu tenho o alento e me sinto abençoada de contar, no exercício de um papel importante, com a iluminada companhia do ministro Luís Roberto Barroso, na condição de vice-presidente”, disse a ministra.

Ao afirmar que a instituiçã­o é mais importante do que os indivíduos que a comandam, Rosa Weber se compromete­u a “atuar de modo a cumprir para que a instituiçã­o possa cumprir o seu relevantís­simo papel constituci­onal, que é o de fortalecim­ento da democracia no País”.

“Expresso a enorme honra de ser eleita presidente desse tribunal, que leva o nome de tribunal da democracia”, disse.

Composição. O atual presidente, Luiz Fux, deixará o tribunal também em agosto. Com a saída de Fux, Edson Fachin, atual ministro-substituto, será efetivado. Então, os ministros-substituto­s serão Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello e um terceiro que vier a ser eleito.

Este futuro ministro-substituto deverá ser o ministro Ricardo Lewandowsk­i, consideran­do os critérios para compor o TSE, que priorizam os ministros do Supremo que ainda não fizeram parte do tribunal e, caso todos já tenham feito parte, levam em conta a antiguidad­e na Suprema Corte.

Conforme o Estadão/Broadcast publicou em janeiro, a composição do TSE com Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin trará um perfil mais rigoroso ao tribunal, na visão de especialis­tas, advogados e ministros ouvidos.

“Expresso a enorme honra de ser eleita presidente desse tribunal, que leva o nome de tribunal da democracia.” Rosa Weber

PRESIDENTE ELEITA DO TSE

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