‘Tolerância zero’ na fronteira é imoral e antiamericana
Hesito criticar o trabalho do Departamento de Segurança Interna (DHS). Mas, quando se trata de políticas ofensivas, não podemos nos calar. A atual política de “tolerância zero”, que separou 2 mil crianças de seus pais, é imoral e antiamericana. Além disso, é ineficaz no longo prazo. A experiência ensina que mudanças na política de imigração podem causar crises agudas no curto prazo. Mas os padrões, em seguida, voltam a níveis elevados, uma vez que as condições persistam.
Aprendi esta lição no DHS. Em três anos como secretário, o governo deportou 1 milhão de pessoas. Nossos esforços trouxeram resultados inconclusivos. Em 2015, a imigração caiu para os níveis mais baixos desde 1972. Mas, em 2016, aumentou de novo. É um instinto humano básico fugir para se salvar. Enquanto persistirem a pobreza e a violência na América Central, os EUA continuarão a lutar contra o problema. Além disso, a política atual é insustentável.
Não podemos continuar a inundar os tribunais com milhares de imigrantes para extrair deles condenações em linha de montagem, ao mesmo tempo em que preenchemos instalações para manter adultos e crianças. A resposta ao problema é dupla. Primeiro, precisamos enviar mais ajuda à América Central. Depois, devemos encorajar os países da região a desenvolver os próprios sistemas para aceitar refugiados. Também é bom senso que as crianças fiquem com seus pais. Os americanos deveriam exigir o fim dessa política cruel.