Férias da discórdia
Presidente senegalês decide encurtar viagem pela Rússia
A viagem do presidente do Senegal, Macky Sall, para acompanhar sua seleção em Moscou se transforma numa polêmica. No fim de maio, ao se despedir de sua seleção ainda em Dacar, ele indicou que iria tirar licença do cargo por 12 dias para poder fazer a viagem pela Rússia. Mas, diante da repercussão, acabou encurtando a viagem para três.
O Senegal vive já a expectativa das eleições presidenciais em 2019. Mas o clima de tensão se aprofundou nas últimas semanas diante da morte de um estudante por policiais em um protesto numa universidade.
A esperança do presidente é que craques como Sadio Mané, Kalidou Koulibaly e Keita Baldé tenham desempenhos importantes para interromper a crise interna no país, pelo menos por algumas semanas.
“Diante do convite do presidente da Fifa, Gianni Infantino, vou pedir um afastamento de doze dias para ir à Copa do Mundo”, declarou o presidente, no dia 24 de maio. “Vou apoiar nossa seleção para mostrar que eles não estão sozinhos”, justificou.
Nos últimos dias, porém, a decisão de seu gabinete foi a de modificar sua programação diante da polêmica causada. A viagem acabou sendo reduzida para um quarto disso e o presidente estará com o presidente russo, Vladimir Putin, para uma reunião de trabalho.
Pelos hotéis mais luxuosos de Moscou, a presença de senegaleses passou a ser visível desde o início da semana.
O Senegal estreou na terçafeira com vitória sobre a Polônia, em Moscou. E ainda joga contra o Japão, dia 24, em Ekaterinburgo, e diante da Colômbia, no dia 28, em Samara.
“Minha convicção profunda é de que, nessa etapa, todas as seleções nacionais sejam iguais. Os jogadores de cada uma delas atuam nos mesmos campeonatos”, disse.
Ele ainda ensaiou sugestões na condição de treinador. “Considerem cada jogo como uma final e deem de tudo”, pediu.
Vou apoiar nossa seleção para mostrar que não estão sozinhos
Macky Sall,
PRESIDENTE DO SENEGAL