Espanha solta acusados de estupro coletivo
Milhares de manifestantes saíram ontem às ruas de diferentes cidades da Espanha em repúdio à libertação provisória de cinco jovens acusados de abusar sexualmente de uma madrilenha de 18 anos durante as festas de São Firmino, em Pamplona, em 2016.
O tribunal de Pamplona, encarregado do caso, decretou liberdade provisória sob fiança de ¤ 6 mil para os cinco sevilhanos, que deixaram a prisão ontem. O tribunal já havia causado controvérsia em abril, quando os juízes rejeitaram a classificação do caso como estupro.
Cada um deles foi condenado a 9 anos de prisão por “um delito continuado de abuso sexual”, mas agora ficarão em liberdade provisória à espera do resultado da apelação. Em sua decisão, o tribunal disse que não via risco de reincidência diante “da repercussão do caso”.
Os condenados estarão a partir de agora submetidos a um rígido controle: estão proibidos de sair da Espanha sem autorização judicial, são obrigados a se apresentar ao tribunal regularmente e foram proibidos de viajar a Madri, onde mora a vítima.
As primeiras manifestações de repúdio ocorreram na quinta-feira, quando a imprensa noticiou que eles seriam soltos sob fiança. Ontem, houve mobilizações em Madri, Sevilha, Valência, Granada e outras cidades. “Basta de Justiça patriarcal”, gritaram os manifestantes, mulheres e homens de todas as idades, em frente ao Ministério da Justiça, em Madri.