O Estado de S. Paulo

Tite vê pênalti, mas não reclama: ‘interpreta­ção’

EDITOR DE ESPORTES DO ‘ESTADÃO’

- Almir Leite Marcio Dolzan ENVIADOS ESPECIAIS SÃO PETERSBURG­O / A. L.

Na estreia do Brasil na Copa, no empate por 1 a 1 com a Suíça, gerou até reclamação formal da CBF à Fifa a não utilização do VAR para analisar dois lances reclamados pela seleção – o empurrão de Zuber em Miranda no gol rival e um suposto pênalti em Gabriel Jesus. Ontem, o recurso foi usado pelo holandês Bjorn Kuipers. Mas contra o Brasil, pois as imagens e a comunicaçã­o dos assistente­s que ficam de olho na TV em Moscou o levaram a anular o pênalti sobre Neymar.

O técnico Tite não reclamou da decisão de ontem, mais está inconforma­do com a adoção de dois pesos e duas medidas. “Não precisamos de arbitragem para vencer o jogo, mas queremos que ela seja justa. E tal qual foi olhado hoje (ontem), que fosse olhado antes. Não queremos auxílio. O Brasil não quer, o técnico não quer, os atletas não querem. A seleção quer ganhar sendo competente.” Tite acredita que foi pênalti, mas não condenou o juiz. “Tanto pode dar como não. Estou falando eu, Adenor. Se sou o árbitro, (marca da) cal. Mas respeito porque é passível de interpreta­ção.”

O treinador revelou que, contra a Suíça, pediu para os jogadores não reclamarem com a arbitragem depois de uma reunião que teve com o ex-árbitro Wilson Seneme. “Ele falou: ‘Não reclamem, deixa pra arbitragem’. Só vai lá e olhe. Para mim foi pênalti (em Neymar). Se for olhar e não deu, aí é justiça.”

A CBF não se posicionou sobre a consulta ao VAR, mas não haverá reclamação desta vez como aconteceu no jogo contra a Suíça.

5 pênaltis já foram marcados na Copa com auxílio do VAR

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