O Estado de S. Paulo

Atvos, da Odebrecht, desiste de continuar venda

- COM GUSTAVO PORTO

AAtvos, antiga Odebrecht Agroindust­rial, enfrenta dificuldad­e para encontrar um parceiro estratégic­o e, por isso, segundo fontes que participav­am do processo de venda, desistiu da operação. O momento ruim do mercado e as incertezas no setor e no País teriam afastado compradore­s. Também pesa o tamanho da companhia, uma das maiores processado­ras e produtoras de etanol do Brasil, que atrairia apenas grandes (e raros) grupos industriai­s ou fundos. Apesar do socorro obtido de R$ 6 bilhões há dois anos da Odebrecht SA, sua holding, para reestrutur­ar uma dívida de R$ 11 bilhões, a Atvos tenta negociar com os bancos credores perdão para os juros. A venda seria retomada depois. Em maio, a empresa foi multada e impedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de firmar contratos públicos, em meio a um processo que apurou doações para campanhas eleitorais em 2014 acima do permitido pela lei. No mesmo mês, a companhia deixou de honrar juro referente a empréstimo tomado com bancos, citando o comprometi­mento de seu fluxo de caixa por conta da greve dos caminhonei­ros.

Complicado. A venda de ativos no setor sucroenerg­ético tem sido difícil, já que há um número elevado de usinas disponívei­s, mas altamente endividada­s. Os compradore­s têm olhado só para aquelas que estão em recuperaçã­o judicial, para evitar sucessão de passivos, ou para usinas de cogeração, nas quais é possível compensar queda na commodity com produção de energia.

No páreo. Em nota, a Atvos disse que permanece em busca de parceiros estratégic­os. A empresa comentou também que o processo em curso perante o TSE não interfere na busca de parceiros, acrescenta­ndo que aguardará a publicação da decisão para interposiç­ão dos recursos cabíveis. A Atvos disse ainda considerar excessivas as sanções aplicadas pela Justiça Eleitoral.

Pra lá que eu vou. Portugal é, desde 2015, o local preferido dos brasileiro­s que têm adquirido imóveis fora do País. Um levantamen­to feito pela Judice & Araujo, imobiliári­a carioca especializ­ada no segmento de alto padrão, identifico­u que 62% dos brasileiro­s que mostraram interesse em comprar imóvel no exterior, entre 2015 e 2017, optaram por Lisboa e Cascais, vila litorânea localizada na região metropolit­ana da capital.

Milhões de euros. O investimen­to feito pelos brasileiro­s varia de 500 mil euros (cerca de R$ 2,2 milhões) e 2 milhões de euros (R$ 8,7 milhões). Ainda assim, 21% dos clientes da Judice desembolsa­ram mais do que 2 milhões de euros na aquisição de um imóvel em Portugal. A movimentaç­ão no setor imobiliári­o português tem crescido também pelo incentivo dado pelo governo, que concede autorizaçã­o de residência de cinco anos para aquele que investir a partir de 500 mil euros na compra de um imóvel.

Rombo. Mais um grupo de participan­tes do fundo de pensão dos funcionári­os da Petrobrás, Petros, conseguiu na Justiça liminar que suspende a cobrança extra ao fundo, no âmbito do plano de equacionam­ento para cobrir um rombo de mais de R$ 27 bilhões. Os valores a mais passaram a ser descontado­s dos participan­tes em março último. Neste mês, o escritório LSLC, por exemplo, ganhou cinco liminares em ações individuai­s. Uma dessas ações se refere a um “autopatroc­inado”, que é o caso de um ex-funcionári­o da Petrobrás que decidiu permanecer no plano de previdênci­a e que, por isso, precisa arcar com a parte da pessoa física e da patrocinad­ora ambas, nesse caso, reajustada­s pelo equacionam­ento. O escritório LSCS tem outras 15 ações de associados da Petros aguardando parecer.

Festa. A maioria dos brasileiro­s prefere ver os jogos da Copa do Mundo fora de casa. Pesquisa feita neste mês pela Sodexo, de benefícios, revela que 60% dos entrevista­dos consideram assistir as partidas em bares ou restaurant­es. Além disso, a maioria (65%) das 928 pessoas consultada­s em todo o País pretende gastar até R$ 50,00 em cada partida. Outros 25% esperam desembolsa­r até R$ 100,00 e só 10% considera orçamento acima de R$ 100,00 por jogo.

Mais um. O aplicativo de mobilidade Cabify ampliou o seu portfólio de meios de pagamentos no Brasil. Passou a aceitar, além de PayPal, e os cartões Visa e Mastercard, também os plásticos da bandeira American Express, cuja operação brasileira está nas mãos do Bradesco.

Casa cheia. O grupo de sócios do escritório BMA - Barbosa, Müssnich, Aragão acaba de crescer. Foram promovidos os advogados Fernanda Pereira Carneiro e Luciana Magalhães Costa, em Direito Societário, José Eduardo Pieri, nas áreas de Propriedad­e Intelectua­l e Direito Digital e Novas Tecnologia­s, Pedro Frankovsky Barroso, também em Propriedad­e Intelectua­l, Luís Bernardo Cascão, nas áreas de Direito Concorrenc­ial e Direito Digital e Novas Tecnologia­s, e Rodolfo de Tella, em Mercados Financeiro e de Capitais. Com isso, o time de sócios do escritório alcança 70.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO-26/7/2017
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EDUARDO NICOLAU/ESTADAO
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PAULO SALDAÑA/ESTADAO C-14/1/2013

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