Atvos, da Odebrecht, desiste de continuar venda
AAtvos, antiga Odebrecht Agroindustrial, enfrenta dificuldade para encontrar um parceiro estratégico e, por isso, segundo fontes que participavam do processo de venda, desistiu da operação. O momento ruim do mercado e as incertezas no setor e no País teriam afastado compradores. Também pesa o tamanho da companhia, uma das maiores processadoras e produtoras de etanol do Brasil, que atrairia apenas grandes (e raros) grupos industriais ou fundos. Apesar do socorro obtido de R$ 6 bilhões há dois anos da Odebrecht SA, sua holding, para reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões, a Atvos tenta negociar com os bancos credores perdão para os juros. A venda seria retomada depois. Em maio, a empresa foi multada e impedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de firmar contratos públicos, em meio a um processo que apurou doações para campanhas eleitorais em 2014 acima do permitido pela lei. No mesmo mês, a companhia deixou de honrar juro referente a empréstimo tomado com bancos, citando o comprometimento de seu fluxo de caixa por conta da greve dos caminhoneiros.
Complicado. A venda de ativos no setor sucroenergético tem sido difícil, já que há um número elevado de usinas disponíveis, mas altamente endividadas. Os compradores têm olhado só para aquelas que estão em recuperação judicial, para evitar sucessão de passivos, ou para usinas de cogeração, nas quais é possível compensar queda na commodity com produção de energia.
No páreo. Em nota, a Atvos disse que permanece em busca de parceiros estratégicos. A empresa comentou também que o processo em curso perante o TSE não interfere na busca de parceiros, acrescentando que aguardará a publicação da decisão para interposição dos recursos cabíveis. A Atvos disse ainda considerar excessivas as sanções aplicadas pela Justiça Eleitoral.
Pra lá que eu vou. Portugal é, desde 2015, o local preferido dos brasileiros que têm adquirido imóveis fora do País. Um levantamento feito pela Judice & Araujo, imobiliária carioca especializada no segmento de alto padrão, identificou que 62% dos brasileiros que mostraram interesse em comprar imóvel no exterior, entre 2015 e 2017, optaram por Lisboa e Cascais, vila litorânea localizada na região metropolitana da capital.
Milhões de euros. O investimento feito pelos brasileiros varia de 500 mil euros (cerca de R$ 2,2 milhões) e 2 milhões de euros (R$ 8,7 milhões). Ainda assim, 21% dos clientes da Judice desembolsaram mais do que 2 milhões de euros na aquisição de um imóvel em Portugal. A movimentação no setor imobiliário português tem crescido também pelo incentivo dado pelo governo, que concede autorização de residência de cinco anos para aquele que investir a partir de 500 mil euros na compra de um imóvel.
Rombo. Mais um grupo de participantes do fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, Petros, conseguiu na Justiça liminar que suspende a cobrança extra ao fundo, no âmbito do plano de equacionamento para cobrir um rombo de mais de R$ 27 bilhões. Os valores a mais passaram a ser descontados dos participantes em março último. Neste mês, o escritório LSLC, por exemplo, ganhou cinco liminares em ações individuais. Uma dessas ações se refere a um “autopatrocinado”, que é o caso de um ex-funcionário da Petrobrás que decidiu permanecer no plano de previdência e que, por isso, precisa arcar com a parte da pessoa física e da patrocinadora ambas, nesse caso, reajustadas pelo equacionamento. O escritório LSCS tem outras 15 ações de associados da Petros aguardando parecer.
Festa. A maioria dos brasileiros prefere ver os jogos da Copa do Mundo fora de casa. Pesquisa feita neste mês pela Sodexo, de benefícios, revela que 60% dos entrevistados consideram assistir as partidas em bares ou restaurantes. Além disso, a maioria (65%) das 928 pessoas consultadas em todo o País pretende gastar até R$ 50,00 em cada partida. Outros 25% esperam desembolsar até R$ 100,00 e só 10% considera orçamento acima de R$ 100,00 por jogo.
Mais um. O aplicativo de mobilidade Cabify ampliou o seu portfólio de meios de pagamentos no Brasil. Passou a aceitar, além de PayPal, e os cartões Visa e Mastercard, também os plásticos da bandeira American Express, cuja operação brasileira está nas mãos do Bradesco.
Casa cheia. O grupo de sócios do escritório BMA - Barbosa, Müssnich, Aragão acaba de crescer. Foram promovidos os advogados Fernanda Pereira Carneiro e Luciana Magalhães Costa, em Direito Societário, José Eduardo Pieri, nas áreas de Propriedade Intelectual e Direito Digital e Novas Tecnologias, Pedro Frankovsky Barroso, também em Propriedade Intelectual, Luís Bernardo Cascão, nas áreas de Direito Concorrencial e Direito Digital e Novas Tecnologias, e Rodolfo de Tella, em Mercados Financeiro e de Capitais. Com isso, o time de sócios do escritório alcança 70.