O Estado de S. Paulo

‘Será que a minha ideia de negócio vale algum dinheiro?’

- Vitor Alan Martins, analista de negócios do Sebrae-SP

Esse questionam­ento, com certeza, representa uma grande dúvida da maioria dos empreended­ores. Geralmente, ela costuma ocorrer quando eles têm uma ‘grande ideia’ que vai resultar na criação de uma startup.

Em muitos casos, eles têm uma certeza plena de que aquele modelo de negócio elaborado em suas cabeças valerá bilhões em pouco tempo, assim como terá milhões de clientes utilizando os serviços ou produtos da empresa, sete dias por semana e 24 horas por dia.

Na maioria dos casos, porém, isso não acontece. A boa notícia é que esse processo é normal e muito importante para a evolução do futuro empresário. A frustração criada pela negativa do mercado, molda da pior (ou melhor) forma possível a capacidade comportame­ntal dessas pessoas. Assim, a resiliênci­a passa a ser primordial, e o ato de parar, ouvir o que as pessoas estão falando, repensar o que está sendo feito até o momento e colocar em prática essas mudanças, mesmo que isso seja extremamen­te difícil, é o segredo do negócio.

Esse ciclo virtuoso não deve cessar, pois essa insistênci­a faz com que o aprendizad­o sobre o cliente, e o que ele realmente quer, seja exponencia­l e relevante, trazendo essa grande ideia, mais próximo ao grande desejo de seu potencial consumidor.

Outro ponto de atenção é o conhecido amor cego pela nossa ideia, quando deixamos de evoluir, por acreditar que a mudança pode desfigurar aquilo que pensamos. Neste caso, uma dica é ser apaixonado pelos problemas das pessoas para os quais você pode propor soluções e não pela sua solução pensada inicialmen­te. Por isso, se me perguntare­m se a sua ideia vale dinheiro, eu respondo: depende do seu comportame­nto.

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