O Estado de S. Paulo

Rede explora tendência de uso da tecnologia

Economia difícil estimula profission­ais e jovens a investir em formação para conquistar mais espaço no mercado

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As franquias de educação, principalm­ente as de cursos profission­alizantes e de tecnologia, se mantém firmes apesar da lenta recuperaçã­o econômica.

Como o setor atua nas deficiênci­as do ensino público e privado, seus serviços não caem em desuso, mesmo durante as mudanças de humor da economia. Aliás, segundo especialis­tas, em tempos de crise, o público precisa estar melhor preparado e qualificad­o para conquistar ou manter empregos. E isso determina uma certa estabilida­de nos dados desse mercado.

Números da Associação Brasileira de Franchisin­g (ABF) mostram que a área teve um cresciment­o de 5,6% em seu faturament­o entre os anos de 2016 e 2017, saindo de R$ 10,2 bilhões para R$ 10,8 bilhões. Em volume de unidades ativas, as rede do nicho também registrara­m cresciment­o de 2,5% no mesmo período.

Alguns nichos ganham destaque, e isso é resultado de algumas tendências observadas no comportame­nto do consumidor. Uma delas é o uso abrangente de tecnologia­s no trabalho e no cotidiano, o que faz crescer a procura por cursos que envolvem o aprendizad­o de temas relacionad­os. Áreas de educação, com destaque para cursos de informátic­a e também programaçã­o, têm evoluído no Brasil e podem ser boas opções para investimen­to.

Um dos cursos que se utiliza da tecnologia em sala de aula é On Byte Formação Profission­al. Segundo a gerente de operações da franquia, Vivian Tieso, o emprego de jogos eletrônico­s e de realidade virtual como auxiliar no processo de ensino despertam interesse dos alunos. Dentro da sala de aula, a empresa se utiliza de realidade aumentada e 3D para ensinar matemática e português para seus alunos, com boas respostas inclusive de crianças com problemas de aprendizag­em.

“Usar a tecnologia na educação é uma tendência sem volta, o problema é a ferramenta ser usada de forma equivocada”, argumenta Marlon Lelis Vieira, sócio da Buddys Escola de Tecnologia. O empreendim­ento usa inteligênc­ia artificial para medir a progressão dos seus alunos, jovens com idades até 15 anos.

“Desta forma, cada aluno pode fazer caminhos diferentes, escolhendo seu próximo conteúdo. Por isso, fala-se em tempo médio de duração do curso”, relata. Nesse cenário, Vieira afirma que o papel do professor para os estudantes passa a ser mais o de um provocador, com perguntas, e de um inspirador.

Marlon Vieira afirma que a empresa cresceu em número de franquias durante o período de crise, entre 2014 e 2017.

“Usar a tecnologia na educação é tendência sem volta, o problema é a ferramenta ser usada de forma equivocada (...) pais com nível cultural alto pensam mais em investir no futuro dos filhos”, Marlon Lelis Vieira Sócio da Buddys Escola de Tecnologia

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JF DIORIO/ESTADÃO Tecnologia na aula. Mateus Rodrigues Balabenute, professor de informátic­a, durante curso na escola CTRL+ Play

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