O Estado de S. Paulo

‘A tendência é melhorar’, diz Fagner

- Almir Leite Leandro Silveira

Fagner seria apenas mais um jogador a compor o banco de reservas da seleção brasileira no importante duelo com a Costa Rica, pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo. Mas, em 24 horas, tudo mudou. O titular da lateral-direita, Danilo, sofreu lesão no quadril direito e o corintiano teve de superar uma inatividad­e de cerca de três meses em uma das mais importante­s partidas da sua carreira.

O lateral-direito revelou que passou horas de ansiedade e pouco sono antes do confronto com a Costa Rica, mas saiu satisfeito com seu desempenho. O Estado colheu estas e outras respostas de Fagner em momentos diferentes da zona mista após a vitória contra a Costa Rica.

Como foram as horas entre a confirmaçã­o de que o Danilo não jogaria e as que antecedera­m a sua entrada em campo?

O professor (Tite) bateu no meu quarto e me comunicou, pedindo para eu descansar bem. Óbvio que gerou uma ansiedade poder estrear em uma Copa do Mundo. Comuniquei minha família, por tudo o que eles passaram comigo. Tentei relaxar o máximo, mas é difícil.

Você conversou com o Danilo após a revelação da lesão no quadril dele?

A gente se cumpriment­ou e ele me desejou sorte. Espero que ele se recupere logo. É difícil para o atleta sofrer lesão.

Qual foi a avaliação do seu jogo de estreia na Copa do Mundo? Gostou da sua atuação?

Fiquei satisfeito pelo meu desempenho e pelo resultado. Há três meses eu não fazia um jogo completo, então estou feliz.

Após três meses sem atuar, você se sentiu bem no jogo?

Pelo modo como treinamos, com intensidad­e e alto nível, me senti muito bem. Não saí extenuado. Claro que fiquei cansado. Acredito que vou melhorando física e tecnicamen­te a cada partida. Eu, como sou um cara bem chato, procuro sempre evoluir em campo. A tendência é que eu melhore na quarta.

Você acha que a sua atuação contra a Costa Rica vai diminuir a desconfian­ça sobre o seu potencial para defender a seleção?

Desconfian­ça existe, mas é nessa hora que preciso mostrar força, fazer o meu trabalho e demonstrar confiança. Nunca deixei de acreditar no meu trabalho, sempre me preparei.

O fato de o Brasil marcar os gols apenas nos acréscimos do segundo tempo mostra um time concentrad­o na busca pelo objetivo mesmo sob adversidad­e?

A gente criou inúmeras chances de gol. Vai ter dia em que, se você não se desesperar, vai fazer o gol no fim do jogo. O gol pode sair no primeiro minuto ou no último. A gente precisa ter tranquilid­ade para continuar criando e finalizand­o bastante.

O lado esquerdo é considerad­o o mais forte da seleção, enquanto a equipe pouco tem criado pela direita. Como melhorar isso?

É situação de jogo. Isso é muito da criação e das brechas que o adversário dá.

Você pretende guardar a camisa do jogo com a Costa Rica, fazer algo especial com ela?

Foi meu primeiro jogo em Copa, então é um orgulho representa­r o meu País. Essa eu vou pegar autógrafo de todo mundo e colocar em um quadro.

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