O Estado de S. Paulo

Brasileiro­s vão à Rússia de Fusca para acompanhar seleção

- /G.J.

Diante de um dos maiores museus do mundo, o Hermitage, quatro chineses olham sem acreditar. Boquiabert­os, pedem para tirar fotos. Do lado def orada antig amorada dosimp eradores russos, os chineses arregalamo­s olhos diante de um Fusca 1968 azul, estacionad­o ao lado do cartão-postal de São Petersburg­o.

Depois chegam norte-americanos, alemães e peruanos, quere petemo ritual. Os brasileiro­s reconhecem aplaca: Pelotas, Rio Grande do Sul. E fazem a pergunta que está estampada na cara de todo mundo, independen­temente da nacionalid­ade: co moesse Fusca chegou até aqui?

Quatro anos atrás, o fotógrafo Nauro Junior assistia aos jogos da Copa no Brasil com sua mulher, Gabi. Ele viu o fatídico 7 a 1 e de poisos 3 a 0 para a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar. Atônito, perguntou se o Brasil conseguiri­a se reerguer. Ela respondeu: “É mais fácil chegar de Fusca na Rússia do que o Brasil ser campeão”. Foi daí que saiu a fagulha. “Vamos fazer o impossível para que o Brasil também consiga fazer o impossível”, profetizou o fotógrafo.

Foi uma aventura planejada. Teve até ensaio. Ele percorreu 15 mil quilômetro­s em sete países na América do Sul na Expedição Fuscaméric­a. A passagem pela Bolívia, no entanto, danificou o carro. Foi aí que acidade dePe lotassem obi lizou. Mecânicos e donos de lojas de peças reergueram o carro, que ficou “novo” de novo. Em uma campanha de financiame­nto coletivo, ele bateu 98% da meta de R$ 40 mil.

A empresa de transporte marítimo WWO, presidida por um brasileiro, cuidou da viagem até Hamburgo. O custo seria de US$ 10 mil (R$ 38 mil). Da Alemanha para a Rússia, o Segundinho( esse éon o medo Fusca) foi de trem. “Ai deiaémostr arque om undoé o quintal da nossa casa.”

Nauro foi acolhido por um mecânico especialis­ta em carros Volkswagen,quet ambé ms e envolveu coma aventura pela internet. OFuscaéqua se original. As principais diferenças são o sistema de injeção eletrônica e duas baterias para dar conta do equipament­o fotográfic­o. Em cima, vão as barracas de camping, fogão, panela e gasolina extra.

Segundinho vai para Moscou. Serão 635 quilômetro­s, um dia e me iode viagem. Em 30 dias, Nauro viajará coma família pela Europa. Em 15 de agosto, el ecoloca o Fusca de volta no navio, agora em Santander, na Espanha. “O que fazer quando chegar em casa? Pensar na próxima”, diz.

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EVERTON OLIVEIRA/ESTADÃO-19/6/2018 Fama. Nauro (D), Caio e o Fusca: atração no Hermitage

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