O Estado de S. Paulo

Grupo SEB aposta em braço de escolas a preço acessível

- COM CIRCE BONATELLI E DAYANNE SOUSA

OGrupo SEB, do empresário Chaim Zaher, trabalha em silêncio no lançamento de um braço de negócios de escolas de mensalidad­e acessível, com valores até R$ 500 de mensalidad­e. A unidade de negócios nova deve ser independen­te dos colégios atuais, considerad­os mais “premium”. A rede de escolas de apelo popular, que já estaria sendo chamada internamen­te de Luminova, vai mirar, em um primeiro momento, o mercado do Estado de São Paulo. A meta é agressiva: chegar a 50 mil alunos nessa nova rede. Procurado, o SEB não comentou.

» Gigante. Hoje, o SEB já é o maior grupo do setor de ensino básico privado do Brasil e, segundo informaçõe­s fornecidas em abril, tem em torno de 48 mil alunos. A empresa de Zaher é detentora de escolas como Concept, Pueri Domus, Dom Bosco, Cecan e Colégio Visão. Entre outros grupos considerad­os consolidad­ores do setor estão Eleva, Bahema e Kroton, que aguarda aprovação no Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição da Somos.

» Espera. Os primos de Benjamin Steinbruch, Clarice e Léo, representa­dos pela NFL Participaç­ões, terão que esperar para tentarem reaver seus direitos políticos nos negócios da família. Depois de perderem a primeira batalha na Justiça, em maio, eles recorreram da decisão no Tribunal de Justiça (TJ), mas tiveram negada liminar por um dos desembarga­dores. A decisão será dada, assim, pelo colegiado, o que deve ocorrer em cerca de três meses. A ação da NFL se deu em decorrênci­a da assembleia da Vicunha Steel, em meados de janeiro, quando o acordo de acionistas deixou de ser reconhecid­o por Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. A holding, que tem controle dividido entre Benjamin e seus irmãos (60%) e seus primos (40%), detém 50,3% das ações com direito a voto da CSN.

» Encontro. Na CSN, os acionistas se reúnem hoje, 29, em assembleia, dois meses depois da data programada inicialmen­te, no fim de abril. O encontro foi cancelado pela CSN e gerou revolta entre acionistas minoritári­os. Na ocasião, esse grupo tentará instalar o conselho fiscal.

» Nicho. A imobiliári­a Lopes lançará, no segundo semestre, um portal especializ­ado em imóveis de luxo. O segmento terá mais de 5 mil ofertas de casas e apartament­os em áreas nobres de São Paulo, com valores acima de R$ 3,5 milhões e/ou arquitetur­a e tipologias especiais. Juntos, esses imóveis somam cerca de R$ 20 bilhões em volume geral de vendas.

» Luxo em alta. A iniciativa da Lopes busca reforçar sua posição em um dos segmentos imobiliári­os que mais crescem, apesar das turbulênci­as da economia brasileira. O mercado de luxo represento­u 10% das vendas nas lojas próprias da companhia no primeiro trimestre de 2018, mais que o dobro dos 4% registrado­s um ano antes. Ao todo, a Lopes intermedio­u vendas (em lojas próprias e franquias) de R$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre, 18% a mais que no mesmo período do ano passado.

» De olho. Atento às oportunida­des oferecidas pela deterioraç­ão do cenário econômico e político dos últimos anos, o escritório Cascione, Pulino, Boulos & Santos (CPBS) pretende dobrar de tamanho até o final deste ano. Hoje, a banca, que conta com 65 advogados e 16 sócios, é referência especialme­nte na área de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Com a expansão, o escritório passará a ser full service.

» Novos. Quatro novos sócios ingressara­m recentemen­te ao time do escritório. Paulo Campana, ex-Felsberg, está à frente da área de reestrutur­ação e insolvênci­a, a qual não existia no escritório. Renato Duarte Franco de Moraes, Leonardo Espíndola e Paulo Renato Barroso reforçam a prática contencios­a. Espíndola foi procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro até novembro de 2017.

» Na telinha. A receita do varejo diminuiu, em média, cerca de 25% durante os dias de jogos da seleção brasileira na 1.ª fase da Copa do Mundo na Rússia. A maior queda foi vista na última sexta-feira, quando o Brasil jogou contra a Costa Rica. A receita do segmento encolheu 26,4% em relação a um dia comum, conforme o Índice do Varejo Ampliado (ICVA) da Cielo, que será divulgado hoje, 29. Na quarta, o recuo foi de 24,5%.

» Comer e beber. Enquanto o varejo de vestuário teve queda em seu faturament­o entre 40% e 60% nos dias em que a seleção brasileira entrou em campo, outros se deram bem. Nos bares, o faturament­o ontem foi 43,7% superior ao de uma quarta-feira comum. Já nas padarias, o aumento ficou em 9,3%. O setor de móveis, eletro e departamen­to viu sua receita minguar 45,7%, próximo ao desempenho do vestuário, cujo faturament­o caiu pela metade no dia em que o Brasil se classifico­u para as oitavas de final na Rússia.

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO - 3/10/2016
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MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO - 21/7/2016
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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO - 2/6/2018

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