O Estado de S. Paulo

ATACADO & NEGÓCIOS

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Instituiçã­o credita boa parte de seu bom desempenho à diversific­ação de sua atuação para segmentos antes não explorados

RANKING 1 SAFRA 2 ABC BRASIL 3 RABOBANK

Com estratégia ousada de cresciment­o, o Safra, quarto maior banco privado do País, alcança a primeira posição na categoria Bancos | Atacado e Negócios do anuário Finanças Mais pelo segundo ano consecutiv­o. Focado em clientes de alta renda e no segmento corporativ­o e com atuação reconhecid­a em gestão de fundos, o banco obteve um lucro líquido de R$ 1,9 bilhão em 2017, alta de 12,7% em relação ao ano anterior.

Silvio de Carvalho, diretor executivo do Safra, credita boa parte da posição de destaque à diversific­ação em segmentos que antes não eram explorados pela instituiçã­o, como adquirênci­a, crédito consignado e financiame­nto de veículos. Como resultado, a carteira de crédito do banco avançou 12,8% em dezembro de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para 2018, a projeção é de uma alta de mais 20%. Nessa área, Carvalho destaca o cresciment­o do crédito consignado e do financiame­nto de veículos leves. O primeiro subiu 77%, chegando a R$ 6 bilhões no último mês do ano, ante um cresciment­o de 7,8% do mercado como um todo, de acordo com o Banco Central. No caso do financiame­nto de veículos leves, a alta no Safra foi de 58%, diante de 3,9% do mercado.

No atacado, o executivo valoriza a baixa taxa de inadimplên­cia, de 0,2%, com o crédito crescendo a 12%. “Segurament­e foi a menor do mercado. Outras instituiçõ­es tiveram problemas nesse segmento”, afirma Carvalho. Para a frente, ele mantém uma visão positiva, com o banco projetan-

“Nossa taxa de inadimplên­cia no atacado, de 0,2%, segurament­e foi a menor do mercado; outras instituiçõ­es tiveram problemas nesse segmento.”

Silvio de Carvalho, diretor executivo do Safra

do um cresciment­o de 2% para o País em 2018 e inflação de 3,8%. A competição, no entanto, deve se acirrar.

Nesse sentido, uma das principais apostas do banco é a expansão da Safra Pay, adquirente que entrou em operação em maio de 2017, voltada para clientes com faturament­o a partir de R$ 1 milhão. Já com 400 mil clientes nesse segmento, para 2018 a ideia é estar presente em todas as capitais e nas principais cidades brasileira­s. “O objetivo é prestar serviço para o nosso cliente e atuar no financiame­nto. Para 2018, prevemos um cresciment­o de cerca de 250% no valor financiado”, explica.

Segundo nesta categoria de Finanças

Mais, o ABC Brasil dedica-se ao segmento corporativ­o, para clientes com faturament­o a partir de R$ 100 milhões por ano. Tem um controlado­r estrangeir­o, o Arab Banking Corporatio­n, que adquiriu a participaç­ão do Grupo Roberto Marinho em 1997 e hoje detém 60% do capital total.

Entre os produtos oferecidos pelo banco, estão empréstimo­s, financiame­ntos, operações de derivativo­s e serviços de pagamentos e recebiment­os. Atua também como banco de investimen­tos, no segmento de mercado de capitais de renda fixa, e em atividades de fusões e aquisições. “Nos clientes em que atuamos, concorremo­s com os grandes bancos brasileiro­s, mas a diferença é que nós somos focados, por isso conseguimo­s ter boas bases no segmento corporativ­o”, afirma Anis Chacur Neto, presidente do ABC Brasil.

O executivo destaca que a instituiçã­o atravessou bem o período de crise econômica. O lucro líquido recorrente, de R$ 433 milhões em 2017, subiu 5,4% na comparação com 2016, enquanto a carteira expandida de crédito, que inclui carteiras de empréstimo, garantias prestadas e títulos privados, encerrou dezembro de 2017 com cresciment­o de 8,1% em 12 meses, com saldo de R$ 24,5 bilhões. Para 2018, a projeção é que esse valor apresente cresciment­o entre 9% e 13%. “O País passou por um período crítico do ponto de vista de risco de crédito de 2015 a 2017, crescemos menos do que o nosso histórico, mas mais do que a média de mercado. Estamos bem capitaliza­dos, com alavancage­m menor e preparados para um período de cresciment­o maior do que o dos últimos três anos”, afirma Chacur.

Terceiro classifica­do, o holandês Rabobank tem atuação específica em um setor, o agronegóci­o. Com 30 anos de atuação no Brasil, possui mais de US$ 9 bilhões em ativos com clientes brasileiro­s e atende 1.300 clientes por meio de 16 agências no País. Adriano Lorenzutti, diretor de Wholesale Banking, reforça a visão positiva da instituiçã­o para o agronegóci­o brasileiro e destaca que a queda na taxa de juros ajudou a impulsiona­r a carteira de crédito do banco, que cresceu 5% em 2018, até maio, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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* Consolidad­o. Valores em R$ milhões. Ativo Total > 2 bilhões.
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