O Estado de S. Paulo

Relatório de ‘espiões’ ajuda Tite a estudar o México

- Almir Leite Marcio Dolzan

No dia de folga dos jogadores, a comissão técnica teve trabalho. Assim foi a quinta-feira da seleção brasileira. Na pauta de Tite e seus auxiliares, o México, adversário das oitavas de final da Copa da Rússia. E a estratégia para levar a melhor será definida com base em um minucioso levantamen­to feito nos últimos meses por dois “espiões”, os analistas de desempenho de Fluminense e Atlético-PR.

“Começaremo­s os estudos já no avião, para nos reunirmos novamente em Sochi” disse na quarta-feira, em Moscou, o auxiliar técnico Cléber Xavier, após a vitória brasileira sobre a Sérvia por 2 a 0.

Primeiro, a equipe assiste a vídeos de jogos dos adversário­s, para analisar as jogadas mais comuns e decidir o que é preciso fazer. Depois, são feitas reuniões em que os lances são debatidos e novas informaçõe­s, como estatístic­as e mapas com os posicionam­ento dos jogadores rivais são colocados. Debate-se qual a melhor maneira de neutraliza­r as virtudes do adversário­s e de explorar suas vulnerabil­idades e se define a estratégia.

Freguês brasileiro quando se trata de partidas por Copa do Mundo – três derrotas e um empate –, o México de 2018 é considerad­o um adversário perigoso e traiçoeiro. Muito por conta de seu treinador, o colombiano Juan Carlos Osorio (treinou o São Paulo há três anos), que assumiu a seleção em 2015.

“Analisamos alguns jogos feitos pela equipe do México. Fizemos uma análise bem preliminar do que poderia acontecer: algumas formações, forma de jogar. Observamos também que o forte deles é o ataque, muito veloz, com Vela, Lozano, Chicharito Hernandez, que são jogadores de muita velocidade e podem nos causar algum problema”, disse.

A partir do treinament­o de ontem, Tite e seus auxiliares colocarão em prática o que pretendem que seja feito na segunda-feira em Samara. “Vamos conhecer profundame­nte o México para traçar nossa estratégia. Vamos nos preparar para todas as situações”, afirmou Xavier. Tite garante uma coisa: não será por falta de conhecimen­to sobre o adversário que o Brasil irá tropeçar.

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO Técnico. Adversário tem o ataque forte e muito veloz

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