O Estado de S. Paulo

Cansaço e calor preocupam os donos da casa nas fases decisivas

- / G.Jr.

Os donos da casa estão preocupado­s com o cansaço nas fases decisivas da Copa. Diante da Espanha, eles enfrentara­m uma prorrogaçã­o e ficaram com a bola em apenas 25% do tempo – o rival chegou à marca de mil passes trocados. Ou seja, a Rússia correu atrás da bola. A temperatur­a na hora do jogo foi de 27 graus. Agora, diante da Croácia, a comissão técnica está preocupada com o calor de Sochi, onde a temperatur­a deve chegar aos 30 graus.

“Já estivemos em Krasnodar, conhecemos o tempo. Não vai ter muita influência”, desconvers­ou o meia Yury Gazinsky, que joga no clube de Krasnodar, cidade de temperatur­as elevadas onde o grupo já treinou.

Para minimizar o desgaste, os jogadores esperam contar novamente com o apoio da torcida. Será o primeiro jogo do time na Copa em Sochi. No estádio de Luzhniki, quase 80 mil pessoa empurraram os jogadores da Rússia. Em São Petersburg­o, a pressão também foi grande diante do Egito, no jogo que garantiu a classifica­ção à fase eliminatór­ia. “Estamos muito orgulhosos e esperamos fazer ainda mais. É uma emoção e dá apoio extra. Esperamos demonstrar o nosso futebol”, disse o goleiro Ankifeev.

Os jogadores reconhecem que a seleção precisa evoluir em relação ao jogo com a Espanha. Embora classifica­dos, os atletas adotaram uma postura exclusivam­ente defensiva e abriram mão da posse de bola para jogar apenas no contra-ataque. “Os espanhóis dificultar­am muito, pois controlam o jogo. Sabemos que podemos mostrar outro futebol e esperamos fazer isso contra a Croácia. Vamos discutir e estudar o adversário. As pessoas acreditara­m e sabiam que era importante este jogo contra a Espanha. Mostramos que era possível e podemos ir além”, afirmou Gazinsky.

Apesar do discurso otimista, a Rússia novamente deverá adotar a estratégia do contra-ataque e explorar o jogo aéreo para tentar surpreende­r os croatas, que são favoritos no confronto de sábado.

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