BRF negocia com bancos alongamento de dívidas
Pedro Parente, que agora preside a BRF, dona das marcas Perdigão e Sadia, atua em outra frente para melhorar a estrutura financeira da processadora de alimentos. Além do plano de desinvestimentos, que prevê o embolso de R$ 5 bilhões até o fim do ano, o executivo já senta com os bancos credores para negociar o alongamento dos vencimentos. Entre os principais estão Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. A dívida da BRF no fim de março era de R$ 20 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões com vencimento este ano e R$ 5 bilhões, em 2019. O caixa disponível somava cerca de R$ 7 bilhões. Procurados, os bancos não comentaram. A BRF disse que a desalavancagem é prioridade e que “está sempre discutindo alternativas de funding e alongamento de dívidas junto aos bancos”.
» Sem recurso. A Pandurata Alimentos, detentora da marca Bauducco, perdeu novamente disputa, travada desde 2014, para anular uma multa de R$ 350 mil aplicada pelo Procon de São Paulo. O recurso contra a multa foi negado pela 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. Agora, a empresa pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
» Bichinhos dos Sonhos. Em 2010, após uma denúncia do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, o Procon-SP considerou que houve abusividade no direcionamento infantil da publicidade da promoção “Bichinhos dos Sonhos”. Na publicidade, os bichinhos de pelúcia interagiam e respondiam ao comando de voz de um menino.
» Corre-corre. O volume de emissão das debêntures de infraestrutura, título que provê isenção de Imposto de Renda para as pessoas físicas, já superou, na primeira metade deste ano, o total emitido em 2017. Entre os meses de janeiro e junho, o volume chegou em R$ 10,8 bilhões, ante R$ 9 bilhões em todo o ano passado, conforme dados da B3.
» Rouba monte. Um novo aplicativo que promete agilidade e taxa de juro menor na contratação do crédito consignado pode fazer com que o fim dos conhecidos “pastinhas” esteja bem próximo. O APP Meu Tudo, que acaba de ser disponibilizado nas lojas Apple Store e Google Play Store, funciona sem intermediários nas contratações dos financiamentos com desconto na folha de pagamentos. A expectativa da empresa desenvolvedora, homônima, é que o prazo de contratação seja de 20 minutos frente aos dois dias na forma convencional. Com as simplificações, a projeção é que os juros recuem 20%.
» Parceria. Banco do Brasil, Caixa, Olé, Pan e BMG já são instituições credenciadas para operar em parceria. Em breve será possível também contar com Santander, Itaú, Bradesco, Daycoval e CCB.
» Em queda. Os pedidos de falência caíram 18,3% de janeiro a junho, apontando continuidade no movimento já verificado nos meses anteriores, de acordo com levantamento nacional feito pela Boa Vista SCPC. A direção é contrária, entretanto, na estatística dos pedidos de recuperação judicial feitos no mesmo período, que mostra aumento de 21,2%. Em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, os pedidos de falência recuaram 26%, enquanto os de recuperação judicial diminuíram 17,8%.
» Para crescer. A escola de tecnologia Ironhack acaba de definir São Paulo para receber investimentos em sua nova unidade. O desembolso, de R$ 7,5 milhões, será possível após receber um aporte de US$ 3 milhões do fundo JME Venture Capital. A escola já tem presença em Madri, Barcelona, Paris, Berlim, Cidade do México, Amsterdã e Miami.
» Insolvência. Depois de trabalharem durante três anos em parceria em vários casos, o advogado Gabriel Antonio Soares Freire Junior, fundador do escritório Freire, Assis, Sakamoto e Violante (FASV), trouxe Alexandre Faro, ex-Felsberg, para comandar a recém criada área de Insolvência. Freire tem atuado nos últimos 10 anos como assessor interno de recuperandas e fundos de investimento em ativos problemáticos. Com a chegada de Faro, que fazia parte da equipe de reestruturação de empresas do Felsberg, a banca quer se tornar uma referência na oferta de serviço completo de reestruturação de empresas, incluindo o funding, dada a relação do escritório com fundos.