O Estado de S. Paulo

Em carta, Yomura diz que ‘jamais praticou ilicitude’

- BRASÍLIA DIDA SAMPAIO, F.S., B.P. e T.C. /

O agora ex-ministro do Trabalho Helton Yomura afirmou ontem, em nota, não ter cometido “nenhum ato ilícito e que suas ações correspond­em a uma política de valorizaçã­o dos trabalhado­res e das instituiçõ­es”. Segundo o comunicado, assinado por seus advogados, Yomura “adotou rigorosas providênci­as institucio­nais para a garantia do interesse público” na pasta, como “exoneração de servidores sob investigaç­ão e abertura de sindicânci­a para averiguaçã­o dos fatos”. “(Yomura) nega qualquer imputação de crime.”

Yomura compareceu ontem à superinten­dência da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento, mas não respondeu aos questionam­entos. Na carta de demissão ao presidente Michel Temer, disse que “jamais praticou ou compactuou com qualquer ilicitude ou irregulari­dade na pasta”.

O deputado Nelson Marquezell­i (PTB-SP) negou atuar no Ministério do Trabalho. “Minha atuação é no Ministério da Agricultur­a, Saúde, Esporte e Turismo. No Trabalho não tenho atuação nenhuma. Não indiquei ninguém lá, não ajudei ninguém.”

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou que, se houve irregulari­dade na pasta, “caberá aos responsáve­is responder à Justiça por seus atos”. Em nota, o ex-deputado disse que não participou de “qualquer esquema espúrio” no Trabalho. A deputada Cristiane Brasil nega irregulari­dades.

O Estado não conseguiu contato com as defesas de Julio de Souza Bernardes, Adriano José Lima e Jonas Antunes de Lima.

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