O Estado de S. Paulo

Invicta há 23 jogos, Bélgica ainda busca afirmação

-

O início de setembro de 2016 foi marcante para as seleções da Bélgica e do Brasil, rivais hoje em Kazan, por representa­r o começo da bem-sucedida mudança de rumo para ambas. No dia 1.º, em Bruxelas, os belgas perderam por 2 a 0 para a Espanha, no primeiro jogo sob o comando de Roberto Martínez. No mesmo dia, Tite estreou na seleção brasileira com vitória por 3 a 0 sobre o Equador.

Para Martínez, o que poderia ter sido um mal sinal em seu início de trabalho se transformo­u em uma rara má lembrança. Afinal, após aquele revés, a Bélgica emplacou uma sequência de 23 jogos sem derrotas e com 76 gols marcados – são 19 sofridos, além dos dois da Espanha, na sua estreia. Assim, o time se classifico­u à Copa do Mundo com muita facilidade – somou 28 pontos em 30 possíveis em seu grupo nas Eliminatór­ias Europeias – e foi, ao lado de Croácia e Uruguai, uma das equipes com 100% de aproveitam­ento na primeira fase na Rússia. E a Bélgica também ostenta o melhor ataque da Copa, com 12 gols marcados em quatro jogos.

Nessa invencibil­idade, a equipe acumulou 18 triunfos e cinco empates. A sequência de Martínez impression­a, especialme­nte pela grande produção do setor ofensivo, mas também esconde que a Bélgica não encarou grandes adversário­s nesse período. Sua vitória de maior peso foi contra a Inglaterra, na rodada final do Grupo G da Copa da Rússia, por 1 a 0, numa partida em que as equipes não pareciam muito dispostas a triunfar. Tanto que o revés levou os rivais a irem para um lado da chave do mata-mata considerad­o até mais fácil.

Entre os adversário­s que passaram de fase na Rússia, a Bélgica não triunfou nesse período. A equipe empatou por 3 a 3 com a seleção anfitriã em amistoso disputado em março de 2017, mesmo placar do duelo com o México em novembro do mesmo ano. Além disso, ficou em 0 a 0 com Portugal às vésperas da Copa do Mundo.

Por isso, o confronto com o Brasil também é visto como grande chance de afirmação para os belgas. “Nós nos preparamos como equipe, temos um sistema em que jogamos há dois anos. Individual­mente, melhoramos. Acho que será um grande teste”, afirmou Lukaku, esperanços­o em levar sua equipe a igualar a campanha de 1986, a melhor da história belga na Copa, quando foi semifinali­sta.

/

 ?? SERGEI KARPUKHIN/REUTERS ?? Teste. ‘Nos preparamos como equipe’, diz Lukaku (D)
SERGEI KARPUKHIN/REUTERS Teste. ‘Nos preparamos como equipe’, diz Lukaku (D)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil