Edu poupa Neymar e já mira a Copa América
Um dia depois da eliminação do Brasil nas quartas da Copa para a Bélgica, o coordenador de seleções Edu Gaspar fez uma avaliação da participação do Brasil na competição da Rússia. O dirigente da CBF fez questão de elogiar o desempenho do time e considerou que a torcida, de certa forma, ficou orgulhosa da equipe na campanha. Edu também defendeu Neymar das críticas durante o torneio.
“Independentemente de resultado, temos responsabilidade de passar algo bacana para o povo, o torcedor e a imprensa. Saímos derrotados do jogo, mas, ao mesmo tempo, vejo o povo brasileiro orgulhoso do time. Isso é esporte, é assim que temos de conduzir o esporte”, disse Edu, responsável pela logística do Brasil na Rússia. “Nossa responsabilidade é imensa e tudo que fizemos reflete no torcedor. Esse é o objetivo que sempre citei. Mesmo com a eliminação, tem muita gente orgulhosa da seleção”, declarou.
O dirigente engrossou o coro dos atletas em relação às lamentações pelo fracasso do Brasil. Para ele, o time estava crescendo na competição. “Foi um grande jogo, duas equipes com estratégias diferentes, com qualidades incríveis. Ótima experiência participar dessa partida. Essa dor que sentimos não é fácil, é a maior, sem dúvida nenhuma, como atleta ou dirigente. É uma dor que sangra, mas temos de seguir nossos objetivos e nossos caminhos”, disse.
Edu Gaspar garantiu que o planejamento para a Copa América do ano que vem, que acontecerá no Brasil, já começou, mas evitou comentar do futuro da comissão técnica, inclusive de Tite. Teoricamente, ele é o chefe do treinador. “É humanamente impossível responder uma pergunta friamente, de forma elaborada. Não posso ser tendencioso. Hoje, a gente quer esperar um pouco mais para tomar as melhores decisões.”
Edu fez questão de exaltar a participação de Neymar na disputa. “A partir do momento em que passei a conviver mais com o Neymar, vi que não é fácil ser Neymar. É um atleta que merece todo o meu elogio. As pessoas esquecem o tempo que ele ficou parado, o que ele fez para jogar a Copa em boas condições. Treinou apenas três semanas sem problema clínico, fez apenas dois amistosos para estrear”, lembrou. “Se ele dá um sorriso, é criticado e elogiado. Se chora, é criticado e elogiado. Se não dá entrevista, é criticado e elogiado. Não é fácil ser Neymar, é difícil estar na pele do Neymar em alguns momentos. Tento estar do lado dele da melhor forma possível. Foi o atleta que menos reivindicou alguma coisa no grupo. Cumpriu com todas as normas da delegação. E não estou aqui para defendêlo”, garantiu o dirigente.