Plataforma 150 mil
é a expectativa de número de usuários da plataforma Vota SP, desenvolvida pela rede Minha Campinas; uma versão local do site, testada em 2016, registrou 7 mil cruzamentos de dados
É o caso de estudantes de mestrado e doutorado de Ciências da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles desenvolveram cinco ferramentas para ajudar os brasileiros a encontrar notícias falsas na web. O projeto, chamado de “Eleições sem Fake”, traz recursos, por exemplo, para monitorar anúncios e a popularidade de políticos no Facebook.
A principal aposta, no entanto, é uma plataforma que fiscaliza interações no Twitter. Um algoritmo avalia se temas que estão entre os assuntos mais comentados foram ou não impulsionados por robôs. Para isso, basta digitar a hashtag em um buscador da plataforma da UFMG, que faz a avaliação.
“Nem todos os grandes debates que estão na lista dos assuntos mais comentados do Twitter foram criados por humanos”, explica Fabrício Benevenuto, professor de Computação da UFMG e coordenador do projeto. “Os robôs estão por lá, trabalhando para alguém e influenciando muitos.”
Para Rodrigo Gallo, professor de Ciência Política da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo (FESPSP), os brasileiros ainda não conseguem avaliar os impactos causados por robôs nas redes sociais. “Muitas pessoas pensam que mentiras são espalhadas nas redes manualmente por partidos ou políticos”, afirma.