O Estado de S. Paulo

‘Descobri que ser domado é até legal’

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Depois de tantos musicais em sua carreira, como você classifica

Annie?

É um musical complexo, com arranjos grandiosos e vocalmente difícil. Mas, como o projeto vem sendo construído desde 2015, tive tempo para cuidar de detalhes na tradução, especialme­nte da canção mais conhecida, Tomorrow.

Você tem uma forte ligação com esse musical, não?

Muito forte, pois foi o primeiro musical adulto que assisti. Foi em Londres, em 1979. Uma nova forma de se fazer teatro se abriu para mim.

Nessa montagem, porém, você não terá a liberdade habitual.

É, sempre prefiro ambientar as histórias na nossa realidade. Em Homem de La Mancha, trouxe a trama para um hospício inspirado em Bispo do Rosário. Aqui, não pude nem adaptar nomes – só o papel de Ingrid será Dona Hannigan e não Miss Hannigan... Mas, se no começo desanimei, logo descobri que ser domado é legal. O fato de seguir um modelo me permitiu exercitar o ato de encenar e ter conhecimen­to dos detalhes de tudo, desde as partituras até a entrada e saída dos personagen­s.

Você vai raspar a cabeça?

Não, só o cavanhaque – vou usar uma prótese na cabeça. Descobri uma que é prática e não incomoda.

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COLUMBIA PICTURES Filme. A versão de John Huston (1982), com Ann Reinking (E), Albert Finney e Carol Burnett

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