O Estado de S. Paulo

Hierro deixa o comando da seleção da Espanha, que segue à procura de um técnico e um diretor

Após segurar o rojão às vésperas da Copa, Hierro deixa a seleção da Espanha e não topa voltar a ser dirigente

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Após uma campanha turbulenta da seleção na Copa do Mundo da Rússia, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) comunicou ontem que FernandoHi­err onã o aceitou voltara desempenha­ra função de diretor esportivo e, por isso, vai deixar de trabalhar na entidade.

O ex-jogador foi o treinador da equipe espanhola, eliminada nas oitavas de final, nos pênaltis, pelos anfitriões russos.

“Depois de duas etapas como diretor esportivo, a primeira entre 2007 e 2011 – coincidind­o com o melhor momento da seleção, que venceu a Eurocopa de 2008 e a Copa do Mundo de 2010 – e a segunda de novembro de 2017 até agora, a RFEF quer agradecera Fernando Hierro por seu comprometi­mento e senso de responsabi­lidade por assumir um papel de liderança em situações extraordin­árias, bem como no desempenho de todas as suas funções no lugar onde sempre será seu lar”, informou a entidade.

Em 13 de junho, dois dias antes de a Espanha estrear no Mundial, o então técnico Julen Lopetegui foi demitido do comando da seleção por causa do anúncio de surpresa feito pelo Real Madrid, um dia antes, de que ele ocuparia o cargo deixado vago por Zinedine Zidane no clube. Horas depois da demissão, a RFEF anunciou que Hierro dirigiria a Espanha na Copa.

A campanha no Mundial, porém, foi abaixo das expectativ­as para uma das favoritas a ganhar o torneio. Na primeira fase, a Espanha estreou com empate por 3 a 3 com Portugal, no dia 15 de junho, e mS o chi. Depois, venceu o Irã por 1 a 0, no dia 20, em Kazan, e empatou de novo, desta vez com Marrocos, por 2 a 2, no dia 25, em Kaliningra­do.

Classifica­da em primeiro lugar no Grupo B como a líder de chave que menos pontuou, a seleção espanhola foi eliminada pela Rússia nas oitavas de final. O jogo terminou empatado por 1 a 1 após o fim do tempo regulament­ar e da prorrogaçã­o. Nos pênaltis, os espanhóis saíram derrotados por 4 a 3, no Estádio Luzhniki, em Moscou.

Um dos maiores ídolos da história do Real Madrid, clube que defendeu de 1989 a 2003, o exzagueiro Hierro disputou quatro Copas do Mundo (1990, 1994, 1998 e 2002) como atleta. Já como treinador, o histórico ainda é pequeno. Até assumir a seleção, havia dirigido apenas o Real Oviedo, da Segunda Divisão, na temporada 2016/17.

Quem vem? Ainda não se confirmou o nome de quem assumiria o comando do time. Por outro lado, para exercer a função de diretor de futebol da entidade, cargo declinado por Hierro, já há um favorito, segundo a imprensa local. Trata-se de Carlos Marchena, hoje no Sevilla.

Marchena foi cedido pelo clube para integrar a comissão técnica da Espanha durante o Mundial. O profission­al conta com a confiança do presidente da Federação, Luis Rubiales. O dirigente já teria, inclusive, entrado em contato com o presidente do Sevilla, José Castro, para tentar a sua liberação.

Em relação ao futuro da Fúria, alguns nomes começam a ser especulado­s, entre eles os de Luís Enrique, Quique Flores e Míchel – este último, o favorito entre os jogadores.

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OZAN KOSE/AFP Bombeiro. Hierro pegou a seleção a dois dias da estreia na Copa do Mundo

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