PF afirma que ‘não tem cor, nem partido’
O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo afirmou, ontem, que a corporação “não tem cor, nem partido” ao sair em defesa dos delegados da PF no Paraná no caso que envolveu o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No domingo, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região Rogério Favreto, em plantão, mandou soltar o petista duas vezes pela manhã e uma durante a tarde. A PF, no entanto, não cumpriu a ordem de Favreto sob alegação de que estava esperando por uma definição sobre a liberdade ou a manutenção da prisão de Lula.
“A Polícia Federal é uma polícia de Estado, não tem cor, nem partido e exerce seu papel constitucional com equilíbrio, moderação e responsabilidade”, afirma a nota do sindicato.
Segundo a entidade, a PF no Paraná atuou “pela cautela e prudência quando do recebimento de alvará de soltura expedido em regime de plantão por magistrado cuja incompetência para análise do caso foi declarada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região”.
‘Inadmissível’. Também em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou ontem ser “inadmissível que magistrados, no exercício das funções constitucionais, sejam alvo de ataques pessoais, provenientes de figuras públicas ou de dirigentes de partidos políticos”. Diz ainda que a atuação da Justiça Federal em processos criminais é “isenta e imparcial”, e que não há “razões para se estranhar decisões que condenem e prendam pessoas consideradas culpadas”.