O Estado de S. Paulo

PF afirma que ‘não tem cor, nem partido’

- AMANDA PUPO / J.A., R.B. e

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo afirmou, ontem, que a corporação “não tem cor, nem partido” ao sair em defesa dos delegados da PF no Paraná no caso que envolveu o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No domingo, o desembarga­dor do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região Rogério Favreto, em plantão, mandou soltar o petista duas vezes pela manhã e uma durante a tarde. A PF, no entanto, não cumpriu a ordem de Favreto sob alegação de que estava esperando por uma definição sobre a liberdade ou a manutenção da prisão de Lula.

“A Polícia Federal é uma polícia de Estado, não tem cor, nem partido e exerce seu papel constituci­onal com equilíbrio, moderação e responsabi­lidade”, afirma a nota do sindicato.

Segundo a entidade, a PF no Paraná atuou “pela cautela e prudência quando do recebiment­o de alvará de soltura expedido em regime de plantão por magistrado cuja incompetên­cia para análise do caso foi declarada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região”.

‘Inadmissív­el’. Também em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou ontem ser “inadmissív­el que magistrado­s, no exercício das funções constituci­onais, sejam alvo de ataques pessoais, provenient­es de figuras públicas ou de dirigentes de partidos políticos”. Diz ainda que a atuação da Justiça Federal em processos criminais é “isenta e imparcial”, e que não há “razões para se estranhar decisões que condenem e prendam pessoas considerad­as culpadas”.

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