‘Arlindo e eu éramos Cosme e Damião’
• Como é a sensação de ver sua vida encenada no palco?
É muito emocionante. A pesquisa foi muito bem feita e minha vida é aquilo: muitas histórias (algumas engraçadas), boemia, poesia. Mas tinha muita coisa para contar – se colocassem tudo, o espetáculo duraria um mês! (risos)
• Os atores te interpretam bem?
São ótimos. Acho que até fiquei bonito no palco (risos).E o Gustavo me imita direitinho, até meu jeito de andar.
• Você não fez nenhum pedido de acréscimo na história?
Não, achei tudo perfeito. Só pedi para incluir o Baixinho, que foi porteiro do meu sítio em Xerém e que me escangalha muito bem (risos).
• No Rio, você viu várias vezes o espetáculo, não?
Sim, acho que três ou quatro. Gosto de observar detalhes, ver melhor o cenário, certos personagens. Mas faço isso com qualquer obra que gosto – tem disco, por exemplo, que ouço umas dez vezes.
• Acompanhar a própria história não provocou uma nostalgia?
Pois é... (pensativo). Me fez pensar em momentos da vida, em coisas que poderia ter feito, em outras que não consegui fazer.
• Seus amigos são apresentados, como Arlindo Cruz. Acredito que tenha ficado feliz com a volta para casa do Arlindo Cruz.
Muito, muito. Mas quero o Arlindo conversando por telefone comigo, ouvindo samba. Eu e Arlindo éramos como Cosme e Damião, quando crianças.
• Acompanhou a Copa?
Não, dou azar. Via um pouco, mas saía logo da sala.