O Estado de S. Paulo

Santander tenta rebatizar cheque especial sozinho

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Depois de os bancos não entrarem num consenso sobre a mudança do nome do cheque especial no âmbito das alterações recém feitas no produto, o Santander Brasil tenta o feito sozinho. Em uma ação de marketing, a instituiçã­o convida os demais concorrent­es a pararem de chamar o produto com o nome de batismo: “Aviso aos bancos: Parem de chamar de especial o crédito mais caro do mercado. Vocês não vão fazer seu cliente se sentir especial com isso”. A possibilid­ade de rebatizar o cheque especial foi colocada em estudo junto à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no ano passado juntamente com o debate sobre mudanças no produto que passou a ter uma autorregul­ação em vigor a partir deste mês. O tema, contudo, não avançou.

» Não vingou. O assunto gerou controvérs­ias entre os bancos. Enquanto uns considerav­am o nome defasado, outros defendiam a questão tradiciona­l e efeitos que teriam com a troca. Prevaleceu a tradição.

» Mais caro. Desde o dia 1º de julho, o cheque especial conta com novas regras que incluem a oferta de uma linha de financiame­nto mais em conta para os clientes que usarem 15% do limite da conta corrente por 30 dias consecutiv­os. A medida visa a baixar os juros na modalidade, que assumiu o título de crédito mais caro do sistema após a mudança no rotativo, aquele da fatura do cartão, que limitou o uso dessa linha. A taxa de juros média do cheque especial encerrou maio em 311,9% ao ano ante 321,0% em abril, conforme dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado estava em 322,6%.

» Sampa. Em maio último, o setor bancário somava 155,8 milhões de clientes ativos, dos quais 25 milhões usavam cheque especial. O contingent­e é quase toda a população da Grande São Paulo. O valor médio de utilização era de R$ 990 e o prazo de 16 dias, contribuin­do para uma carteira de R$ 24,2 bilhões.

» Deu ruim. Usuários de planos de saúde em todo o Brasil demonstram insatisfaç­ão crescente com o setor. Além de desejarem trocar de operadora, buscam preços menores. Estudo da CVA Solutions mostra que 77% dos entrevista­dos disseram que mudariam de plano de saúde, sendo que 80% desses buscariam preço mais baixo. » Resistente. O setor de saúde privada segue perdendo beneficiár­ios. Foram 3 milhões na crise. Ao final de março, eram 47,152 milhões de usuários. No seu auge, ao final de 2014, passou da marca de 50 milhões.

» Aversão a risco. Com os investidor­es procurando opções de investimen­to diante do cenário de alta volatilida­de - o que deve aumentar com a proximidad­e das eleições, a gestora do Itaú coloca um novo produto na prateleira, o fundo Itaú Long Bias MM FIC. A ideia é aproveitar os movimentos de alta da bolsa e se proteger das ondas de aversão a risco.

» Guinness. Líder no setor de panelas e de talheres no País, a gaúcha Tramontina bateu a marca recorde de 300 milhões de chaves de fenda produzidas pela marca na sua fábrica no Rio Grande do Sul, inaugurada em 1963. Do total, aproximada­mente 45 milhões de unidades foram destinadas à exportação. Dentre os principais mercados atendidos no exterior pela empresa brasileira, estão Paraguai, Uruguai, Bolívia, Argentina, Peru e Arábia Saudita.

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ALINE BRONZATI/ESTADÃO
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EVERTON DAMIANI | DIVULGAÇÃO

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