O Estado de S. Paulo

O País ganha pontos em inovação

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Depois de despencar entre 2011 e 2015, o Brasil recuperou parcialmen­te, entre 2017 e 2018, seu lugar em classifica­ção internacio­nal destinada a avaliar a capacidade de inovação da economia. Parece ser um sinal de que decisões econômicas do período recente voltadas para a liberaliza­ção dos negócios e para a retomada do ritmo de atividades surtiram efeitos positivos.

Entre 2017 e 2018, o País passou do 69.º para o 64.º lugar no Índice Global de Inovação (IGI), que avalia um conjunto de 126 países. Os responsáve­is pelo IGI são a Universida­de Cornell norte-americana, a escola de negócios francesa Insead e a Organizaçã­o Mundial da Propriedad­e Intelectua­l (OMPI).

Mesmo reconquist­ando cinco posições no ranking de 2018, o Brasil ocupa apenas uma posição intermediá­ria na classifica­ção. Na região da América Latina e Caribe, por exemplo, ficou atrás de Chile, Costa Rica, México, Uruguai e Colômbia.

Ainda assim, o significad­o da melhora da posição brasileira foi enfatizado pelo presidente da Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. “Com a revolução industrial que está por vir, a inovação ganha um novo peso no desenvolvi­mento e na competitiv­idade das nações, e o Brasil deve se dirigir para esse caminho”, disse Andrade.

Os 10 países com maior capacidade de inovação são Suíça, Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda. A China entrou, pela primeira vez, no bloco das 20 economias mais inovadoras, ocupando o 17.º lugar, abaixo de Israel, República da Coreia, Japão, Hong Kong, Luxemburgo e França.

O IGI de 2018 teve como tema a inovação em energia, em que o Brasil se sai bem graças à intensidad­e do uso de energias renováveis, mas também do papel de liderança em segmentos específico­s, como o da exploração de petróleo offshore em águas profundas e ultraprofu­ndas e da produção de biocombust­íveis avançados. Entre as áreas em que o País se destacou estão gastos com pesquisa e desenvolvi­mento, importaçõe­s e exportaçõe­s líquidas de alta tecnologia, qualidade de publicaçõe­s científica­s e universida­des, com destaque para a USP, a Unicamp e a Federal do Rio de Janeiro.

A melhora da posição brasileira não elide o fato de que o País tem muito a avançar para ampliar sua competitiv­idade.

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