‘Temos a chance de conquistar novo público’
Avolta do Brasileirão tem sido encarada pelo torcedor como uma “ressaca” do futebol após a Copa. Mas isso pode ser encarado de duas maneiras. Se olhar para a qualidade do produto, nenhum torneio se iguala ao nível da Copa. Nem mesmo a Liga dos Campeões, então seria injusto fazer comparações técnicas do Mundial com o Brasileiro. Paciência.
Por outro lado, sempre que há grandes eventos, temos a possibilidade de trabalhar em cima de um novo público, para minimizar essa “ressaca”. Um público que está na “onda” da Copa ainda, mas sem a paixão clubística. O Mundial desperta um sentimento mais nacionalista, que acaba no Brasileirão, quando fala mais alto a paixão por um time. A missão é tentar pegar esse público que não é fanático. É um desafio aos clubes, federações e os envolvidos no futebol.
O fato de o Brasil ter caído nas quartas de final não é interessante. A gente se torna mais visado e atraente para o mercado quando somos os melhores. Hoje, a gente fala do impacto do Campeonato Francês e da imigração do país por causa do título da seleção e o mundo passará a ver a França com outros olhos a partir de agora.
A gente pode reestruturar algumas coisas, valorizar mais o nosso futebol, que não é tão atrativo como poderia. O fato é que o Brasil precisa enxergar o futebol como um entretenimento, um negócio. É como a gente vê na NBA. Se transformar o jogo em uma atração, você arrecada dinheiro e, consequentemente, mantém e contrata astros.