O Estado de S. Paulo

Falha elétrica com reparo salgado

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Meu 3008 tem um problema que não recebe um diagnóstic­o conclusivo da Peugeot. Quando aciono o freio de estacionam­ento, o computador de bordo emite alerta de defeito no freio e coloca o câmbio em modo emergência. A autorizada disse que a origem do defeito estaria na bomba alta. De início, não autorizei a troca da peça, pois sabia, mesmo sem ter conhecimen­to de mecânica, que ela não provocaria esse defeito. Diante da insistênci­a do técnico, consenti com o serviço, no valor de R$ 3.500, desde que me dessem uma declaração de que isso solucionar­ia o problema definitiva­mente. Alguns dias depois, o consultor disse que o defeito era no chicote elétrico principal, cujo reparo custaria R$ 12 mil – quase dois terços do valor de mercado de meu carro. Quero saber o que fazer com um veículo que foi condenado pela própria fábrica e pela concession­ária. Jogo fora como se fosse uma roupa velha?

Daniela Chiattone,

SANTANA DE PARNAÍBA (SP) Peugeot responde: foi constatado defeito no chicote principal, que causou falha no freio de estacionam­ento elétrico. Diante do fim da garantia, em 2014, fizemos um preço especial para a cliente e cedemos um carro reserva durante o serviço.

A leitora confirma as informaçõe­s. Ela se diz satisfeita com a condução do caso pela Peugeot após a queixa e elogia o atendiment­o da concession­ária.

Advogado: mesmo após o fim da garantia contratual, a empresa responde pela qualidade do produto durante o tempo de vida útil de suas peças. Por causa desse entendimen­to, que decorre da chamada garantia legal, se o defeito apresentad­o é incompatív­el com a durabilida­de esperada para a quilometra­gem, a empresa pode ser obrigada a fazer o reparo sem ônus. 70% da vida útil. Terei de pagar R$ 220 por uma troca de óleo desnecessá­ria e, logo depois, R$ 308 pela revisão normal, o que acho um absurdo. Rubens M. Rodrigues, CAPITAL

Chevrolet responde: prestamos esclarecim­entos ao cliente.

O leitor diz que ouviu da GM que não é preciso trocar o óleo com tão baixa quilometra­gem e quem tem de avaliar se o carro tem uso severo ou não é o proprietár­io, e não o consultor. Ainda segundo o leitor, a Nova será alertada pela GM de que não pode impor uma troca compulsóri­a a cada 6 meses ou 5 mil km.

Advogado: além das informaçõe­s do manual do proprietár­io, o consumidor ser deve ser orientado, a qualquer tempo, sobre o bom uso do produto. Isso decorre do direito à informação, garantido pelo Código de Defesa do Consumidor. Em caso de dúvida, o leitor deve sempre recorrer à montadora, como ocorreu neste caso.

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