Segurança é ‘pulo do gato’ do Rota
Na visão do presidente da Anfavea, Antonio Megale, o “pulo do gato” do Rota 2030, na comparação com o Inovar-Auto, está nas exigências extras de segurança veicular. Vários sistemas feitos para deixar o automóvel mais seguro passarão a ser obrigatórios, com implementação gradual a cada ciclo de cinco anos.
Alguns já estão confirmados. Até 2022, todo carro vendido no Brasil deverá ter controles de estabilidade e tração – os novos projetos serão obrigados a trazer esses item a partir de 2020. “A curto prazo, haverá também obrigatoriedade de Isofix (para fixação de assentos infantis), encosto central no banco traseiro e cinto de segurança de três pontos para o passageiro do meio”, explica Megale.
Para Orikassa, da AEA, a expectativa é de que os carros brasileiros sigam o cronograma de implementação de itens adotados nos carros europeus e norte-americanos. O sistema de frenagem de emergência acaba de se tornar obrigatório nos EUA. A exigência dessa tecnologia nos carros brasileiros está em estudo, segundo informações da Anfavea.
Outros itens que poderão ser implementados nos carros vendidos no País são faróis de uso diurno (DRL) e leitor de faixas (confira detalhes no quadro à direita). “Alguns sistemas que nem foram homologados na Europa já estão no radar de exigências do Rota 2030”, diz Megale.
Segundo uma fonte de uma marca de carros de luxo, a experiência dessas empresas como fabricantes no País poderá ajudar as montadoras de modelos generalistas. Os carros premium feitos aqui já trazem muitos desses itens. Além disso, os crash tests serão mais rígidos – haverá testes de impacto frontal e lateral.