Tucano tem maior potencial de crescimento, diz coordenador
Para o coordenador do programa de governo do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições 2018, Luiz Felipe D’Ávila, a “tendência” dos partidos do chamado Centrão é fechar aliança com o tucano. “Hoje, o Centrão tende a fechar mais com o Geraldo porque ele tem mais perspectiva de crescimento, e esses partidos querem, é óbvio, alguém que tenha perspectiva de poder”, afirmou D’Ávila, durante conferência promovida pela GO Associados em São Paulo.
D’Ávila avaliou ainda que o “plano B” do PT, a ser “ungido” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, deve tirar votos dos pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), o que, segundo o tucano, daria mais espaço e fôlego para Alckmin chegar ao segundo turno da disputa ao Palácio do Planalto. Ciro também negocia uma aliança com as legendas do Centrão.
“Hoje, o Fernando Haddad aparece na pesquisa com 2%. Se ele for ungido pelo Lula, terá 15%. Quando o candidato do PT se tornar mais competitivo, quem vai perder votos são o Ciro e a Marina, porque eles estão capitalizando esse buraco”, afirmou o coordenador do programa de Alckmin. Outro ponto a favor do tucano, de acordo com D’Ávila, são os “palanques fortes” do PSDB em São Paulo e Minas Gerais.
Ontem, dirigentes de DEM, PP, PRB e Solidariedade fizeram mais uma reunião para decidir quem será o candidato apoiado pelo bloco nas eleições 2018, mas não houve definição.
Centro. Na conferência de ontem na capital paulista, D’Ávila ainda classificou o tucano como “líder do pelotão do centro”. “A negociação do Centrão é uma análise futurista sobre quem tem chance de sobressair no segundo turno. Nessa conjuntura, a candidatura do PT deve diminuir as outras duas candidaturas ditas de esquerda. Com o pelotão do centro dissolvendo ao longo desses próximos dez dias, e ele (Alckmin) sendo o líder desse pelotão do centro, o que tende é ele começar a crescer”, afirmou.