O Estado de S. Paulo

França admite candidatur­a própria do PSB

- Clarissa Oliveira Yuri Silva / SALVADOR

Diante do impasse em torno da posição do PSB nas eleições presidenci­ais, o governador de São Paulo, Márcio França, admitiu ontem a alternativ­a de lançar de última hora uma candidatur­a própria ao Palácio do Planalto caso a sigla não se decida pelo apoio a um nome.

“Pode ser uma boa opção uma candidatur­a própria, porque, nesse caso, você marca seu espaço com determinad­a candidatur­a que tenha mais consistênc­ia, que represente mais a gente”, afirmou França, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

A ideia de ressuscita­r uma candidatur­a própria começou a circular no partido nos últimos dias, por causa da dificuldad­e da direção partidária de articular um consenso. O PSB se divide hoje em quatro vertentes. Enquanto França defende apoio ao pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, uma ala vota pela aliança com Ciro Gomes (PDT) e outra quer que a legenda declare apoio ao candidato do PT. Uma quarta opção discutida na legenda seria a neutralida­de no primeiro turno.

França elogiou nomes ventilados nos bastidores para a vaga, como o ex-deputado Beto Albuquerqu­e (RS), o deputado Júlio Delgado (MG) e a senadora Lídice da Mata (BA). Disse que o nome da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, seria “unanimidad­e”, mas reconheceu que ela não deu sinal de que aceitaria a tarefa.

O governador de São Paulo se reuniu na terça-feira passada em São Paulo com Lídice e apresentou a ideia à senadora, que se compromete­u a avaliar a proposta. Alijada da chapa majoritári­a que tentará reeleger o governador da Bahia, Rui Costa (PT), Lídice lançou pré-candidatur­a a deputado federal a pedido do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que deseja ampliar a bancada da sigla no Congresso.

Procurados, Lídice e Siqueira não quiseram comentar.

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