O Estado de S. Paulo

Distopia futurista para os fãs da série ‘Jogos Vorazes’

- Luiz Carlos Merten

Fahrenheit 451

FAHRENHEIT 451. (EUA, 2018.) DIR. DE RAMIN BAHRANI, COM MICHAEL B. JORDAN, SOFIA BOUTELLA, MICHAEL SHANNON, LILY SINGH.

Ator de grande talento, Michael Shannon corre o mesmo risco que atingiu Gary Oldman anos atrás – está ficando estereotip­ado no papel de vilão. Oldman salvou-se com o Oscar que recebeu este ano, pelo seu Churchill. Vamos aguardar pelos desdobrame­ntos. Shannon faz agora o chefe dos bombeiros que buscam livros para queimar, mas o protagonis­ta é Montag, o bombeiro que vai passar por uma crise de consciênci­a. Em 1966, François Truffaut fez a primeira adaptação do livro futurista de Ray Bradbury, de 1953 – fracassou. A de Ramin Bahrani passou em Cannes, em maio, antes de estrear na HBO. Variety matou a charada – a nova versão é para fãs de Jogos Vorazes. O filme cria uma distopia paralela, que não parece deste mundo. Tudo é nomeado – os que se opõem à queima de livros são os ‘eels’. Os que queimam são ‘omnis’. E Michael B. Jordan, claro, bate e arrebenta.

HBO, 9H10/22H35. REPR., COLORIDO, 114 MIN.

Era o Hotel Cambridge

(BRASIL, 2017.) DIR. DE ELIANE CAFFÉ, COM JOSÉ DUMONT, SUELY FRANCO, THAÍSSA CARVALHO.

Um tema forte – a ocupação urbana – dá lugar a um filme mais forte ainda. As cenas de que participam Suely Franco e Zé Dumont, contracena­ndo com os ocupantes, são um regalo.

TEL. CULT, 18H20. REPR., COLORIDO, 99 MIN.

Bruna Surfistinh­a

(BRASIL, 2011.) DIR. DE MARCUS BALDINI, COM DEBORAH SECCO, CÁSSIO GABUS MENDES.

Podia-se pensar que o filme sobre a jovem de classe média que virou prostituta e escreveu best-seller seria apelativo, mas não é. O diretor Baldini, de Uma Quase Dupla, acerta o tom. E Deborah é ótima.

C. BRASIL, 1H50. REPR., COLORIDO, 131 MIN.

 ?? HBO ?? Shannon. Com Jordan: bombeiros na nova versão do cult de Bradbury
HBO Shannon. Com Jordan: bombeiros na nova versão do cult de Bradbury

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil