Aliados de Bolsonaro veem erro de generais
Especialistas em definir estratégias, os principais generais da reserva que atuam no jogo eleitoral estão sendo cobrados pelos apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). A crítica é que um erro tático dos oficiais deixou o candidato “na mão” no momento em que mais precisava. Com a recusa do PR de indicar o vice, Bolsonaro buscou os generais Augusto Heleno ( PRP) e Hamilton Mourão (PRTB). Mas, em março, os dois não se filiaram ao PSL, desconsiderando que suas legendas barrariam uma aliança com a candidatura do ex-capitão.
» Falha. O ingresso do general Heleno no PRP foi considerada a pior falha estratégica. Ele ignorou o fato de Anthony Garotinho, rival de Bolsonaro no Rio, ser a principal figura da legenda. Em respeito à hierarquia, o ex-capitão Bolsonaro nao fará críticas publicas.
» Vai tu mesma. Bolsonaro já fala agora em Janaina Paschoal (PSL) como vice. Os aliados dizem que a jurista vai ajudá-lo a enfrentar as acusações de machismo. A escolha, porém, é apenas pela falta de alianças.
» Nem um pio. Nenhum interlocutor do presidente Temer vai recriminar publicamente a quase certa aliança do Centrão com Geraldo Alckmin. Quando o grupo se aproximou de Ciro Gomes, o governo ameaçou com a retirada de cargos.
» Me ajuda... O tuíte em que Geraldo Alckmin nega que irá ressuscitar a contribuição sindical, postado ontem, foi discutido no grupo de WhatsApp do Centrão. A condição foi imposta por Paulinho da Força (SD), o único reticente com a aliança em torno do tucano.
» … a te ajudar. Os aliados ponderaram que Alckmin precisa colaborar para manter a unidade do grupo. “Será que baixou o Ciro nele?”, brincou um participante.
» O fator... Paulinho justifica que sua preocupação com a contribuição facultativa é para não perder espaço para a CUT. Diz que a entidade é a única que recebe dinheiro de organismos internacionais.
» Azedou. O presidenciável tucano e Paulinho da Força tinham combinado de conversar mais hoje sobre o tema. Depois do tuíte, o deputado desligou o celular.
» Fiado. O senador Roberto Requião (MDB) responde à ação no TRE-PR por ter usado R$ 128 mil do fundo partidário para quitar uma multa eleitoral, o que é proibido. A ação foi movida pelo PSDB.
» Histórico. Em 2014, Requião foi penalizado por ter distorcido uma fala do senador Alvaro Dias, então tucano, no programa eleitoral.
» Com a palavra. A assessoria de Requião afirmou que essa questão está sendo esclarecida com o diretório e que o senador apresentará sua resposta à Justiça. » Tempos modernos. Os presidenciáveis Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) foram informados só ontem por dirigentes do Centrão que as tratativas com Alckmin já estavam praticamente fechadas. O comunicado foi feito por WhatsApp.
» Famoso quem? O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, foi impedido por seguranças de subir ao palco durante a convenção do PDT, ontem, enquanto o candidato Ciro Gomes discursava. Ele só foi liberado quando a organização percebeu o equívoco.