O Estado de S. Paulo

Após crise, Alckmin agora diz ser favorável a contribuiç­ão

- / PAULA REVERBEL

O pré-candidato à Presidênci­a pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, ligou para representa­ntes do Centrão para explicar que a declaração feita em seu perfil no Twitter contrária a volta da contribuiç­ão sindical foi uma “trapalhada de assessores”. Anteontem, a postagem causou o primeiro atrito entre o tucano e o Centrão – grupos de partidos por DEM, PP, PR, PRB e o Solidaried­ade.

Um dia depois de acertar uma aliança com o bloco, o perfil oficial de Alckmin no Twitter descartou a possibilid­ade de o acordo eleitoral incluir a revisão de pontos da reforma trabalhist­a para criar um tipo de contribuiç­ão sindical.

“Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhist­a. Não há plano de trazer de volta a contribuiç­ão sindical”.

A declaração incomodou os dirigentes do Solidaried­ade, ligado às centrais sindicais. O mal-estar só foi desfeito às 23h de sexta-feira, após o ex-governador ligar de Rondônia para Paulinho da Força, presidente do Solidaried­ade.

De acordo com a assessoria de Alckmin, o ex-governador não viu post no Twitter antes que ele fosse publicado. Para assessores do ex-governador, o texto divulgado tem dois problemas: usa a palavra “contribuiç­ão” no lugar de “imposto” e não deixa claro que Alckmin tem preocupaçã­o com a sobrevivên­cia financeira dos sindicatos.

O Estado apurou que Alckmin é a favor da proposta do Solidaried­ade de delegar às convenções de trabalhado­res a criação de receitas extraordin­árias ou contribuiç­ões voluntária­s aos sindicatos. “É uma contribuiç­ão dentro da razoabilid­ade”, diz Paulinho.

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