Após crise, Alckmin agora diz ser favorável a contribuição
O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, ligou para representantes do Centrão para explicar que a declaração feita em seu perfil no Twitter contrária a volta da contribuição sindical foi uma “trapalhada de assessores”. Anteontem, a postagem causou o primeiro atrito entre o tucano e o Centrão – grupos de partidos por DEM, PP, PR, PRB e o Solidariedade.
Um dia depois de acertar uma aliança com o bloco, o perfil oficial de Alckmin no Twitter descartou a possibilidade de o acordo eleitoral incluir a revisão de pontos da reforma trabalhista para criar um tipo de contribuição sindical.
“Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical”.
A declaração incomodou os dirigentes do Solidariedade, ligado às centrais sindicais. O mal-estar só foi desfeito às 23h de sexta-feira, após o ex-governador ligar de Rondônia para Paulinho da Força, presidente do Solidariedade.
De acordo com a assessoria de Alckmin, o ex-governador não viu post no Twitter antes que ele fosse publicado. Para assessores do ex-governador, o texto divulgado tem dois problemas: usa a palavra “contribuição” no lugar de “imposto” e não deixa claro que Alckmin tem preocupação com a sobrevivência financeira dos sindicatos.
O Estado apurou que Alckmin é a favor da proposta do Solidariedade de delegar às convenções de trabalhadores a criação de receitas extraordinárias ou contribuições voluntárias aos sindicatos. “É uma contribuição dentro da razoabilidade”, diz Paulinho.