Um dia após pane em radar, aeroportos têm atrasos
Um dia após a pane que afetou voos em São Paulo, o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, tinha atrasos em 18,3% das viagens previstas entre 0 hora e 18 horas de ontem. De 164 voos programados, 32 estavam atrasados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Houve relatos de filas de passageiros durante a manhã.
No Aeroporto de Cumbica (Guarulhos), no mesmo período, dos 531 voos, 12 foram cancelados e 137 atrasaram (25,8%). Segundo a GRU, concessionária que administra o terminal, a situação estava normalizada e os atrasos não eram reflexo do problema técnico do dia anterior.
Conexões em outros terminais do País também continuavam com problemas. No Aeroporto de Brasília, dos 110 voos programados, 44 tiveram atrasos (40%) de 0 hora às 18 horas. No Santos Dumont, no Rio, 15 dos 82 voos (18,3%) atrasaram e três foram cancelados no período. Dr 950 voos previstos ao longo do dia no Brasil, disse a Infraero, 218 atrasaram (22,9%) e 32 foram cancelados.
Anteontem haviam sido registradas instabilidades no sinal do radar da Área de Controle Terminal de São Paulo, mas não houve registro de nova falha ontem. A pane de sexta-feira, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foi causada pela “transição do fornecimento de energia elétrica do abastecimento comercial para o do gerador próprio”. Por isso, foram adotadas medidas para reorganizar o fluxo aéreo na região.
Resolução 141/2010 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prevê que as companhias deem assistência em casos de atrasos e cancelamentos. A partir de uma hora de atraso, o passageiro deve receber opções para comunicação. A partir de quatro horas, deve ser garantida acomodação. Atraso maiores dão direito a reembolso.