Chateado por ficar, Dudu será cobrado se perder foco no time
No reencontro com a torcida, atacante do Palmeiras tenta superar frustração por ‘negócio da China’ que deu errado
Dudu queria ir para a China. Ficou balançado com o assédio do Shandong Luneng, que tentou levá-lo no início deste mês, mas viu o Palmeiras fechar a porta. Frustrado, o atacante terá agora de provar em campo que superou a decepção e recuperou seu foco. A primeira chance para isso será hoje, contra o Atlético-MG, às 16 horas, no Allianz Parque, pela 14.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O camisa 7 não deve ter sossego
se as coisas não saírem conforme o esperado. Vale lembrar que o ano já não vinha sendo de relação muito pacífica entre ídolo e torcida. Em mais de uma oportunidade, Dudu virou alvo de protestos dos alviverdes, inclusive fora do País – na chegada à Argentina na véspera do jogo contra o Boca Juniors, em abril, pela fase de grupos da Libertadores, por exemplo, o grupo de palmeirenses que aguardava a delegação da equipe em frente ao hotel cobrou mais empenho do jogador.
No clube desde 2015, o atacante tem visto sua imagem se desgastar. A ida para a China representaria não apenas bastante dinheiro no bolso – o Shandong ofereceu ¤ 12 milhões (cerca de R$ 54 milhões) para tirar o atacante do Brasil – como uma oportunidade de Dudu respirar novos ares na carreira.
Em janeiro, o time alviverde já havia recusado uma proposta do Changchun Yatai, também da China. A oferta foi de ¤ 13 milhões (R$ 59 milhões). Além de não aceitá-la, o Palmeiras renovou o contrato do atacante até o fim de 2022.
A pergunta que fica é se o clube fez bem em manter no elenco um atleta insatisfeito. Internamente, a avaliação da diretoria e da comissão técnica foi de que Dudu ainda é peça-chave para o principal objetivo do ano, a Libertadores. O técnico Roger Machado confia no jogador.
“Ele vai dar seus 110%, como deu até agora. Houve momentos iguais a esse, e ele permaneceu focado”, disse o técnico.