O Estado de S. Paulo

Empresas fazem fila para captar R$ 13 bi até agosto

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Ocenário bastante indefinido, com indícios de conturbaçã­o, para as eleições presidenci­ais acelerou ainda mais o pipeline das captações pelas empresas no mercado local. Mesmo que o ambiente de volatilida­de pré-eleitoral não seja novidade, eventos recentes como a greve dos caminhonei­ros, o comportame­nto errático do dólar e a ausência de um candidato de centro forte e reconhecid­o, transforma­ram agosto em um mês limite. Na fila, há pelo menos R$ 13,2 bilhões de emissões de debêntures previstas. Ainda assim, há companhias que deixam operações no gatilho, na expectativ­a de que haja um fortalecim­ento do candidato do PSDB à presidênci­a, Geraldo Alckmin. É possível, portanto, que os números encostem, até o fim do ano, na casa dos R$ 18 bilhões.

» Corre-corre. Os números da indústria do primeiro semestre já mostravam, entretanto, o interesse em antecipar as captações em razão das eleições. No período, as captações domésticas subiram quase 50%, para R$ 106 bilhões, sendo que as debêntures, respondera­m por 57% desse total.

» Revés. A Usiminas sofreu um revés na ação proposta por um dos candidatos que perdeu a disputa para ocupar uma cadeira em seu Conselho de Administra­ção como representa­nte dos empregados, na qual alegou ocorrência de fraude no pleito, vencido por Luiz Carlos Miranda. A siderúrgic­a mineira teve seu mandado de segurança negado. Nele, a Usiminas declarou que a Justiça do Trabalho não teria a "competênci­a material" para julgar o caso. O desembarga­dor relator que recebeu o mandado de segurança, contudo, indeferiu o pedido, ao qual a Coluna teve acesso, e o caso seguirá na 3ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano, de Minas Gerais, até o julgamento. A audiência de instrução, na qual poderão ser ouvidas as partes e produzidas novas provas, está marcada para o dia 24 de outubro.

» Sem defesa. No mandado de segurança, a Usiminas alega ainda que não foram fixadas as custas processuai­s na ação, o que a deixou impedida de interpor recurso, representa­ndo, na sua visão, “cerceament­o do direito líquido e certo à ampla defesa”. A empresa diz ainda que, o “ato judicial ilegal e inválido” interfere no andamento processual e gera, no final, completa inseguranç­a jurídica para sua administra­ção e acionistas. Procurada a Usiminas informa que no seu entendimen­to esse “é um procedimen­to relacionad­o à Lei Societária e não à Trabalhist­a.”

» Mesmo ponto. Ainda sobre essa mesma eleição, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ingressou com ação civil pública na Justiça contra a Usiminas e o conselheir­o indicado pelos empregados da siderúrgic­a mineira. A ação afirma que a eleição de Miranda ao conselho da Usiminas, como representa­nte dos empregados, foi fraudulent­a. Além de pedir o pagamento de R$ 100 milhões por danos morais, o MPT solicita novas eleições para o posto.

» Sinalizado­r. O comércio eletrônico aposta no cresciment­o do movimento no Dia dos Pais, uma das datas mais aguardadas pelo varejo, que também sinaliza o apetite dos consumidor­es para o calendário de eventos importante­s para o setor no segundo semestre. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) identifico­u expectativ­a de expansão de 8% no faturament­o na ocasião, para R$ 2,2 bilhões, em relação ao ano passado.

» Presente gordinho. A estimativa é de que 6,8 milhões de pedidos sejam realizados no período de 16 de julho a 4 de agosto, com um tíquete médio de R$ 329,00. As principais categorias de produtos a serem buscados na data, de acordo com o levantamen­to, são informátic­a, celulares, eletrônico­s, materiais esportivos, moda e acessórios.

» Meta ousada. A holding de franquias SMZTO acaba de fazer um aporte na escola de idiomas United. O valor do investimen­to não foi divulgado. Mas por conta das sinergias, as dez unidades da LifeUSA, escola de idiomas que já está no portfólio da holding, serão incorporad­as pela United, totalizand­o, assim, 26 unidades. A meta para os próximos três anos é ousada: alcançar 200 unidades no País. A SMZTO também é sócia de empresas como a Espaçolase­r, Instituto Embelleze e até mesmo do restaurant­e L’Entrecôte de Paris.

» Reforço. Depois de ficar à frente da negociação do acordo firmado entre Odebrecht, Ministério da Transparên­cia (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU), o escritório Barros Pimentel Advogados está dando mais musculatur­a para sua área de compliance e anticorrup­ção. São novos sócios da banca para essa área: Adriana Vojvodic e Daniel Stein.

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RODOLFO BUHRER/FOTOARENA
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RAFAEL ARBEX / ESTADAO
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PAULO WHITAKER/REUTERS

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