O Estado de S. Paulo

Novas plataforma­s dão impulso à Petrobrás

Seis plataforma­s que serão instaladas em 2019 farão a produção da estatal crescer após 4 anos de estagnação

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Depois de quatro anos praticamen­te estagnada, a produção da Petrobrás vai dar um salto expressivo em 2019, com o início da operação das seis plataforma­s que estão chegando este ano. A mais recente, a P-67, partirá em três semanas da Baía da Guanabara, no Rio, para o campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

O campo de Lula já responde por quase metade da produção nacional de petróleo e gás natural, com 1,1 milhão de barris diários. A produção total é de 2,6 milhões de barris diários. Lula também receberá até o fim do ano a P-69, completand­o o sistema definitivo de produção do campo de Lula, informou o diretor de Desenvolvi­mento de Produção e Tecnologia da Petrobrás, Hugo Repsold.

As unidades estão sendo destinadas aos campos do pré-sal porque a região tem custos mais baixos de extração, por causa do grande volume produzido em comparação aos campos do pós-sal, que até 2006, quando o pré-sal foi descoberto, eram o foco da companhia.

Em alta. “O ano de 2019 vai ser espetacula­r para a Petrobrás. A produção do pré-sal continua subindo e vai compensar a queda que está sendo verificada nos campos maduros, que precisam ser vendidos pela empresa”, diz o diretor do Centro Brasileiro de Infraestru­tura (Cbie) Adriano Pires. A Petrobrás anunciou um plano de desinvesti­mento que inclui a venda de parte de alguns campos produtores, o que, com o declínio da produção de campos antigos, reduz a produção total da companhia.

Segundo Pires, enquanto no primeiro semestre a produção do pré-sal subiu 7,5%, a queda de produção dos campos maduros foi da ordem de 12,5%. Com a chegada das novas plataforma­s, esse declínio deverá afetar menos a companhia, avalia. /

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