Jaguar F-Type de 4 cilindros não abre mão da emoção
Opção de entrada do esportivo Jaguar tem um 2.0 turbo de 300 cv. Tabela parte de R$ 339.929 na versão cupê
Duas referências que fazem parte do DNA da Jaguar são os motores grandes e o instigante ronco que sai deles. Por isso, uma versão com propulsor de apenas quatro cilindros é uma quebra de paradigmas e tanto para um esportivo como o F-Type. Porém, a nova opção de entrada do modelo, que traz um motor 2.0 turbo de “apenas” 300 cv, surpreende.
O esportivo inglês está sendo lançado no Brasil em configurações cupê (R$ 339.929) e conversível (R$ 346.144). O motor Ingenium, com injeção direta de gasolina, é o mesmo do sedã XE. Porém, aqui, aparece em versão com 50 cv extras.
Com 52 kg a menos que o V6, trata-se do quatro-cilindros mais potente já produzido pela marca britânica. O câmbio automático tem oito marchas e a tração é traseira.
Na prática, o conjunto entrega números que não fazem feio diante de motores bem maiores. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,7 segundos e a velocidade máxima é de 250 km/h, de acordo com informações da montadora.
O torque, de 40,8 mkgf, está disponível a apenas 1.500 rpm, o que permite saídas com bastante apetite. A transmissão muda as marchas com rapidez e suavidade e tem hastes atrás do volante para trocas manuais.
Um sistema inteligente mapeia o estilo de condução do motorista nos primeiros minutos de trajeto e, a partir daí, ajusta automaticamente as respostas de acelerador, transmissão e suspensão dentro de 25 programações possíveis.
Além disso, há um modo de condução Dynamic que, entre outras coisas, eleva o giro do motor, deixa a direção mais dura e abre o aerofólio traseiro.
Mesmo no modo “normal” o F-Type entrega bastante diversão. Até o ronco do motor pode ser realçado por uma tecla no console, com direito aos urros, pipocos e estampidos que fazem a cabeça dos fãs de esportivos – quem diria que estamos em um quatro-cilindros?
Por dentro. A cabine traz bancos de couro, teto revestido de Alcantara e apliques de aço escovado no console. O resultado é um visual esportivo sem ser opulento ou extravagante.
Os dois bancos do tipo concha
“abraçam” bem os ocupantes e têm ajustes elétricos por comando na porta. Os instrumentos analógicos contrastam com a grande tela digital no centro do painel. Ela reúne comandos da central multimídia e do
navegador GPS e tem manuseio semelhante ao de um tablet.
No centro do console, estão os botões do ar-condicionado de duas zonas e um compartimento para objetos com duas entradas USB.
O recheio traz, ainda, comodidades como partida sem chave, monitor de ponto cego, câmera traseira, rodas de liga leve de 20 polegadas, volante com base achatada e ajuste elétrico de altura e profundidade, faróis inteligentes e, no caso do cupê, teto solar panorâmico fixo.
Mercado. A expectativa da marca é comercializar entre 80 e 100 unidades do F-Type por ano no Brasil. A versão de entrada deve responder por 85% das vendas do modelo.
Outros 15% devem ficar com a opção intermediária, com um V6 de 380 cv e preços sugeridos entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Os 5% restantes serão da SVR, com o V8 de 575 cv e tabela acima dos R$ 700 mil (a marca não divulga o valor exato).