‘Como finanças e marketing afetam a formação do preço de venda?’

Formar preço de venda numa pequena empresa consiste em uma verdadeira arte do equilíbrio. O empresário precisa ter estes dois olhares para formulação do preço: um para fora e outro para dentro. Olhar para fora significa examinar o preço de mercado e considerar quais os praticados pelos concorrentes e por quais motivos, pois o cliente enxerga o valor agregado naquilo que ele compra. No caso de prestação de serviços, quanto mais especializado, maior será o preço cobrado. Do ponto de vista do marketing, o valor está diretamente relacionado ao posicionamento que a empresa ocupa no mercado e na visão do cliente. Olhar para dentro significa analisar a empresa por duas vertentes: de gastos variáveis e de gastos fixos. Os variáveis são aqueles que aumentam ou diminuem conforme o volume das vendas, dos quais o empresário tem pouco ou nenhuma influência. Já os gastos fixos precisam de atenção redobrada, pois eles vão determinar o sucesso ou fracasso da operação da empresa. Representam a estrutura da empresa independentemente de suas vendas e são aqueles que o empresário tem muita ou total influência. Feitos estes levantamentos, deve-se fazer os cálculos para verificar se o preço a ser cobrado está dentro do esperado pela empresa (olhar para dentro) e pelos clientes (olhar para fora). Se isso ocorrer, podemos dizer que é o preço ideal, ou seja, que cobre todos os gastos, é aceito pelo mercado e gera lucro. Do contrário, será preciso refazer contas para entender o que está acontecendo. Avaliar o peso da sua estrutura no processo de formação de preço e entender como os clientes enxergam o seu negócio são as razões pelas quais se diz que, na formação do preço de venda, finanças e marketing andam juntos.