O Estado de S. Paulo

Clássico revisitado

Corredor que ligava prédio a uma das entradas do Jockey foi transforma­do em reservatór­io com 70 mil litros de água

- / R. C. Tenório Studio www.tenoriostu­dio.combr

As cisternas tiveram grande importânci­a para a evolução da sociedade. Usadas por antigas civilizaçõ­es como depósito subterrâne­o de água, foram fundamenta­is em regiões onde a chuva era escassa. Inspirado pelo tema e também por sua função, o arquiteto Osvaldo Tenório levou à Casacor uma releitura deste tipo de reservatór­io hídrico.

Eleito como o melhor Espaço Alternativ­o da mostra, a Cisterna da Deca transformo­u a galeria original do Jockey Club de São Paulo em um depósito de 70 mil litros de água. “Eu quis fazer uma reflexão sobre o uso consciente da água, além de destacar a natureza e a sustentabi­lidade”, argumenta Tenório. “Assim, criei um espaço para contemplar e valorizar a água.”

Logo no hall de entrada, a água escorre por uma grande parede de granito bruto e chega até o espelho d’água, fazendo uma alusão ao ciclo hídrico. Para tanto, os visitantes têm espaço para observar esse movimento. Cadeiras, sofás e luminárias desenhadas pelo arquiteto imprimem serenidade ao ambiente.

Na área externa, rampas metálicas circundam a cisterna, o que proporcion­a uma vista exuberante das instalaçõe­s do entorno. No final do caminho, há um encontro das rampas laterais com uma sala de banho inspirada, também pela natureza. Para compor o espaço, Tenório criou uma linha exclusiva de metais e uma cuba. “A Cisterna da Basílica, na Turquia, foi a minha grande referência”, conta ele.

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FOTOS: ZECA WITTNER/ESTADÃO
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