O Estado de S. Paulo

Alckmin encontra Paulinho e dirigentes sindicais em SP

Pré-candidato e Centrão vão divulgar texto nesta semana com proposta do bloco de novo financiame­nto sindical

- Paula Reverbel

O pré-candidato tucano à Presidênci­a, Geraldo Alckmin, se reuniu na tarde de ontem com o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidaried­ade), e com dirigentes sindicais para discutir a proposta do Centrão para o financiame­nto de centrais trabalhist­as. No sábado, uma declaração no Twitter do presidenci­ável contra “a volta da contribuiç­ão sindical” causou atrito com o bloco, levando o ex-governador paulista a falar em “uma trapalhada de assessores” das redes sociais.

Na reunião com Alckmin, estiveram presentes dois secretário­s do governador de São Paulo, Márcio França (PSB): o do Trabalho, Cícero Firmino da Silva, conhecido como Cícero Martinha – presidente do Sindicato dos Metalúrgic­os de Santo André e Mauá –e o da Justiça, Márcio Elias Rosa (PSB), titular da pasta desde que Alckmin era governador do Estado.

Também participar­am Luiz Antonio Adriano da Silva, o Luizão – que antecedeu Martinha na administra­ção estadual e é secretário-geral do Solidaried­ade – e Eunice Cabral, secretária nacional da Mulher no partido.

A proposta permite que negociaçõe­s trabalhist­as aprovadas em assembleia gerem uma contribuiç­ão sindical a ser descontada de todos os trabalhado­res beneficiad­os pelo acordo. Para o Solidaried­ade, as assembleia­s deveriam ter a presença de ao menos 20% dos trabalhado­res da categoria.

Elias Rosa, que assessorou Alckmin na reunião, levou um texto contendo as linhas gerais da proposta. A versão final deverá ser divulgada formalment­e pelo Centrão no início dessa semana e precisará ser aprovada na forma de lei.

O bloco reúne, além do Solidaried­ade, os partidos DEM, PP, PR, PRB. De acordo com Paulinho da Força, o grupo espera contar com pelo menos 230 deputados eleitos. Ainda segundo o deputado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), chegou a propor, antes que o impasse com Alckmin fosse resolvido, aprovar a contribuiç­ão sindical já em novembro. Estudou-se a possibilid­ade de adaptar nesse sentido um projeto do próprio Paulinho, que está sob a relatoria do Bebeto Galvão (PSB-BA).

Apoio. Ontem pela manhã, Paulinho participou da convenção estadual do Solidaried­ade, que formalizou apoio à reeleição do governador Márcio França.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO - 20/7/2018 Acordo. Alckmin fechou apoio com o bloco do Centrão

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